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Chineses da CCCC negoceiam compra de 30% da Mota-Engil

A China Communications Construction Company (CCCC), uma das maiores construtoras mundiais, vai entrar no capital da construtora nacional. Com esta entrada, a Mota Gestão e Participações, o acionista maioritário, vai reduzir a sua participação para 40%. Negócio avalia Mota-Engil em 750 milhões de euros.
  • Mario Proenca/Bloomberg
27 Agosto 2020, 08h00

A Mota-Engil anunciou hoje que está a negociar com um dos “maiores grupos de infraestruturas do mundo” com uma “atividade significativa a nível mundial” para que este se torne um ” acionista relevante e um parceiro de longo prazo”.

Apesar da Mota-Engil não revelar o nome da empresa no comunicado, o Jornal Económico apurou que se trata da China Communications Construction Company (CCCC), uma das maiores construtoras mundiais.

Ao mesmo tempo, a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins também está a negociar um acordo de “parceria estratégica e de investimento” com este grupo com o objetivo de “desenvolver em conjunto oportunidades comerciais”.

Desta forma, a Mota Gestão e Participações, o acionista maioritário com 56% da empresa, aceitou “vender uma participação relevante no capital social da sociedade a um preço que reflete uma valorização que está muito acima do preço atual de mercado”.

Além do acordo de parceria e investimento, que avalia a empresa em 750 milhões de euros, o grupo de infraestruturas compromete-se a “subscrever uma participação relevante num aumento de capital social de até 100 milhões de novas ações que será submetido brevemente a deliberação em assembleia-geral”.

Quando o aumento de capital social estiver concluído, a Mota Gestão e Participações passa a deter 40% da Mota-Engil, “sinal de total empenhamento e alinhamento com a sua posição história no grupo”.

Já o novo acionista vai passar a deter uma participação ligeiramente superior a 30%.

“Esta nova estrutura acionista e o quadro desta parceria, que se baseia na avaliação do grupo de cerca de 750  milhões, irá reforçar as capacidades financeiras, técnicas e comerciais do grupo Mota-Engil, a fim de aumentar as suas atividades em todos os mercados e abrir novas oportunidades para novos desenvolvimentos”, segundo a empresa.

 

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