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Mota-Engil vai propôr aos acionistas um dividendo de 5,175 cêntimos por ação

O grupo liderado por Gonçalo Moura Martins vai propor a distribuição já de 15,9 milhões de euros em dividendos. Mas admite um dividendo adicional em outubro que fica condicionado aos resultados do primeiro semestre.
  • Cristina Bernardo
7 Abril 2022, 19h06

O conselho de administração da Mota-Engil vai propor à assembleia geral anual a distribuição imediata aos acionistas de um dividendo de 5,175 cêntimos por ação, cativos de impostos, no valor global de cerca de 15,9 milhões de euros.

O grupo de construção sinaliza que poderá distribuir em outubro um outro dividendo de 1,725 cêntimos se no fim do primeiro semestre de 2022 a Mota-Engil atingir lucros acima dos 10,8 milhões de euros.

Nesta distribuição de dividendos poderá estar em causa dar aos acionistas mais 5,3 milhões de euros.

A informação consta do relatório e contas individuais de 2021 publicado no site da CMVM. Nele é dito que “o Conselho de Administração propõe à assembleia geral anual a cobertura dos resultados transitados negativos no montante de 28.100.076,99 euros [28,1 milhões], por transferência da rubrica de ‘Outras Reservas’ e a uma distribuição dos resultados líquidos do exercício, no valor de 42.340.980,16 euros [42,3 milhões], o qual já inclui os montantes de 500 mil euros e 250 mil euros afetos à distribuição de lucros, respetivamente, pelo Conselho de Administração, nos termos do artigo 27º, nº 2 dos Estatutos, e pelos trabalhadores”.

A Mota-Engil registou lucros de 22 milhões de euros em 2021, o que compara com os prejuízos de 20 milhões apresentados um ano antes. Em comunicado à CMVM, divulgado há um mês, o grupo adiantou que o volume de negócios cresceu 9% para 2.656 milhões de euros, “com impacto muito positivo da performance no segundo semestre”.

Além da “distribuição imediata aos acionistas, 5,175 cêntimos de euro por ação, cativos de impostos, no valor global de 15.875.655,41 euros [15,9 milhões]” a Mota-Engil distribui para reserva legal, “5% do resultado líquido do exercício, no valor de 2.117.049,1 euros (2,12 milhões de euros)”. Para reservas livres vai “o remanescente, no valor de 24.348.275,74 euros [24,35 milhões de euros]”.

Em caso de aprovação da proposta de aplicação de resultados, o conselho de administração propõe em segundo lugar, à assembleia geral anual, que seja deliberada ainda, “uma distribuição adicional dos lucros do exercício aos acionistas de 1,725 cêntimos de euro por ação, cativos de impostos, no valor global de 5.291.885,14 euros [5,3 milhões”, sujeita à condição de o resultado líquido consolidado atribuível ao grupo, a verificar no final do primeiro semestre de 2022, “ser superior a 50% do resultado líquido consolidado atribuível ao grupo verificado no ano de 2021, isto é ser superior a 10.820,5 milhares de euros [10,8 milhões]”. Verificada esta condição, e em face das contas semestrais consolidadas, a produção de efeitos da deliberação “ocorrerá em 1 de outubro de 2022”, diz a Mota-Engil.

“Na eventualidade de tal condição não se vir a verificar, o montante de lucros do exercício em causa manter-se-á, imediatamente após a não verificação da condição, na rubrica de reservas livres, não sendo objeto de qualquer distribuição aos acionistas”, ressalva a empresa.

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