Mulher de confiança de Trump defronta antigo patrão em 2024

Se vencer as primárias, será a primeira mulher e não-branca a concorrer pelo partido republicano às eleições presidenciais.

A antiga embaixadora da administração Trump junto das Nações Unidas (ONU) vai enfrentar o seu antigo patrão nas primárias republicanas em 2024.

Se vencer as primárias, será a primeira mulher de sempre, e a primeira não-branca, a concorrer às presidenciais pelo partido.

A notícia foi avançada pela “Reuters” que cita uma fonte com conhecimento dos planos da também antiga governadora da Carolina do Sul.

Haley é filha de dois migrantes indianos que tinham uma loja de roupa no interior da Carolina do Sul.

O lançamento da campanha de Nikki Haley vai ter lugar a 15 de fevereiro e ainda hoje deverá anunciar a candidatura através de uma carta aos seus apoiantes.

Segundo a “Reuters”, ganhou fama entre os republicanos pela sua capacidade de abordar assuntos relacionados com raça e género de uma forma mais credível que muitos dos seus pares.

Embaixadora dos EUA na ONU entre 2017 e 2018, a política é uma defensora dos interesses norte-americanos no estrangeiro. Durante o seu mandato, os EUA retiraram-se do acordo nuclear com o Irão, que tinha sido assinado durante o mandato de Obama, e era extremamente impopular entre os republicanos.

Em 2015, uma decisão de Nikki Haley enquanto governadora recebeu cobertura mediática nacional quando decidiu remover a bandeira confederada – para muitos um símbolo do passado racista e esclavagista do sul dos EUA – do capitólio na Carolina do Sul. A decisão foi tomada após o homicídio de nove cidadãos negros numa igreja às mãos de um supremacista branco.

As sondagens nacionais mostram que ainda está na casa de um dígito, portanto existe um longo caminho a percorrer. Já no seu estado natal continua a ser muito popular, um estado crucial para obter a nomeação ou o bilhete (ticket) para as presidenciais.

A candidata, como recorda a “Reuters”, tem tido declarações contrastantes com algumas atitudes. Por um lado, criticou os republicanos que consideraram o resultado eleitoral de 202o como uma fraude, mas apoiou vários partidários que criticaram o resultado durante as intercalares de 2022.

Apesar de ter uma mensagem conciliatória em temas raciais, em novembro disse durante um comício que o senador democrata pela Geórgia, Raphael Warnock – um cidadão de raça negra nascido nos EUA – devia ser “deportado”.

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