A ex-diretora jurídica da TAP recebeu um prémio equivalente a dois meses de salário, um ano depois de ter ingressado na companhia aérea. A mulher do atual ministro das Finanças e ex-presidente de Lisboa, Stéphanie Sá da Silva, foi contemplada com um bónus de 19.570 euros, revela o “Correio da Manhã”.
A mulher de Fernando Medina ingressou na TAP para desempenhar funções da diretoria jurídica em maio de 2018 e desempenhou apenas oito meses de trabalho nesse mesmo ano. Ainda assim, isso não impediu a companhia aérea de entregar um prémio salarial à diretora.
No ano de entrada de Stéphanie Sá da Silva, a TAP contabilizou prejuízos líquidos de 118 milhões de euros, quando no ano anterior tinha tido lucros na casa dos 100 milhões. Já no ano em que foi atribuído o prémio salarial (2019), a TAP teve um prejuízo de 105,6 milhões de euros. Na altura, a empresa liderada por Antonaldo Neves notou anos difíceis e meses de recuperação.
A mulher de Medina abandonou o cargo em maio de 2022, no mesmo dia em que o ex-presidente da CML foi convidado a ingressar o novo Governo de António Costa. Stéphanie Sá da Silva invocou “motivos públicos” como razão da cessação de funções, terminando a ligação com a empresa ao fim de quatro anos.