A Polónia já tem uma das leis mais restritivas sobre o aborto, mas o Governo planeia acabar de vez com essa possibilidade e já foi alvo de manifestações contrárias a essa intenção em cidades como Varsóvia e Gdansk, entre outras.
Ontem, a manifestação foi inspirada num protesto que reuniu 90% das mulheres islandesas em outubro de 1975 que se recusaram a trabalhar, cozinhar e cuidar dos seus filhos durante um dia como forma de luta pelos seus direitos no ano que a ONU considerara o Ano Internacional da Mulher.
Milhares de mulheres vestidas de negro, em sinal de luto contra a ideia governamental, manifestaram-se em frente ao Parlamento no último sábado, alertando para aquilo que consideram um retrocesso civilizacional e para a possibilidade de aumento de mortes entre as mulheres, segundo noticiou o diário “The Guardian”.
De acordo com a atual lei polaca, o aborto só é permitido em casos de lesões severas do feto, quando haja ameaça à saúde da mãe ou em situações nas quais a gravidez seja resultado de violação ou incesto. A nova lei propõe a criminalização de todos os abortos, ficando cada mulher sujeita a penas de prisão que podem chegar aos cinco anos. Além disso, os médicos que as assistirem serão também processados e podem enfrentar penas de prisão.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com