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Musk anuncia suspensão da compra do Twitter

O CEO da Tesla diz que negócio está “suspenso temporariamente”. Em causa está uma previsão do Twitter sobre o número de falsos utilizadores: “Estimamos que a média de contas falsas ou ‘spam’ no primeiro trimestre representou menos de 5% dos utilizadores ativos”.
13 Maio 2022, 10h57

O negócio entre Elon e Musk e o Twitter está em standy-by. O empresário norte-americano Elon Musk anunciou esta sexta-feira que a operação de comprar da rede social dos tweets está “suspensa temporariamente” enquanto se aguardam detalhes sobre a quantidade contas falsas na plataforma.

“O negócio do Twitter está temporariamente em espera enquanto existem detalhes pendentes sobre os cálculos de que as contas de spam, falsas [bots] representam menos de 5% dos utilizadores diários”, escreveu o CEO da Tesla, numa publicação no Twitter.

Em causa está uma previsão do Twitter sobre o número de falsos utilizadores, apresentada no início da semana passada.  “Por exemplo, há um número de contas falsas ou contas de spam na nossa plataforma. Fizemos uma revisão interna da amostra de contas e estimamos que a média de contas falsas ou contas de spam durante o primeiro trimestre de 2022 representou menos de 5% dos mDAU [“utilizadores ativos diários monetizáveis” ou contas ativas] durante o trimestre”, lê-se no documento enviado ao regulador dos mercados dos Estados Unidos, Securities and Exchange Commission (SEC).

“Não é certo o que isso significa, uma vez que os detalhes são escassos neste momento, mas as ações do Twitter estão hoje a cair mais de 18% no pré-mercado”, explicam os analistas da XTB, em research divulgada esta manhã.

A 25 de abril, menos de duas semanas depois do anúncio da OPA (Oferta Pública de Aquisição) hostil, o Twitter informou que havia assinado um acordo definitivo para ser comprado por uma sociedade detida na íntegra por Elon Musk, pelo valor de 54,20 dólares por ação em dinheiro. O preço representa um prémio de 38% em relação ao valor das ações no fecho de Wall Street a 1 de abril de 2022, o último dia de negociações na bolsa antes de Elon Musk passar a ter uma participação de 9,4% na empresa.

A operação foi aprovada, por unanimidade, pelo conselho de administração do Twitter, mas está sujeita à ‘luz verde’ quer dos reguladores quer dos restantes acionistas da empresa de São Francisco. É o caso dos fundos detidos pelo grupo Vanguard, que este mês assumiram uma participação de 10,3% no Twitter e tornaram-se nos maiores acionistas, destronando Elon Musk por cerca de um ponto percentual. É também o caso do Morgan Stanley, que está em terceiro lugar da tabela com 67 milhões de ações, correspondentes a 8,4%.

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