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Mystic Invest: “Não houve qualquer confronto” na expulsão dos trabalhadores da Soares da Costa no Porto

A ‘holding’ de Mário Ferreira assegura que a rescisão do contrato resultou de uma “cuidada e apurada análise feita nos últimos dias a todo o processo da empreitada”.
6 Novembro 2017, 13h45

A administração da Mystic Invest, à qual pertence a Monumental Palace Hotel (MPH), disse esta segunda-feira que “não houve qualquer confronto” na expulsão dos trabalhadores da Soares da Costa das obras, na cidade do Porto.

A holding de Mário Ferreira informou em comunicado que procedeu à rescisão do contrato de empreitada com ACE [Agrupamento Complementar de Empresas] liderado pela Soares da Costa para a empreitada de construção e reabilitação do Monumental Palace Hotel, na Avenida dos Aliados, com efeitos imediatos.

“No decurso da tarde de ontem, a MPH assumiu o controlo da obra tendo convidado de forma ordeira e pacífica, o vigilante presente na obra, e único representante do ACE no local, a retirar-se do espaço, o que foi cumprido no final do seu turno, por volta das 18h, na presença da Polícia de Segurança Pública do Porto. (…) Não houve qualquer situação de confronto durante o processo, sendo totalmente falsas as informações prestadas em comunicado pela Soares da Costa”, critica a Mystic Invest, acrescentando que repudia “em absoluto, pelo seu carácter de pretensa vitimização e teor falso”, o comunicado da construtora.

Na nota enviada hoje às redações, a empresa de Mário Ferreira explicou que a decisão de rescindir resultou de uma cuidada e apurada análise feita nos últimos dias a todo o processo da empreitada” e que o ACE foi incapaz de cumprir o projeto e de suportar os termos acordados. O agrupamento em  que a construtora é a maioritária é acusado de não apresentar as garantias bancárias a que está obrigado, ser incapaz de garantir a manutenção das suas equipas em obra, apresentar incapacidade financeira para cumprir com as obrigações e de demonstrar incapacidade de cumprimento dos prazos.

“Ao incumprimento perante a MPH, junta-se o incumprimento do ACE para com os seus colaboradores ao não garantir os seus salários levando (…) avendo exequibilidade jurídica e legal, e seguindo sugestão proposta pelo Sindicato da Construção de Portugal, a Administração da Mystic Invest está disponível, fora do âmbito do ACE, para tentar encontrar uma solução que possibilite a manutenção destes colaboradores no processo da empreitada, mantendo os seus enquadramentos salariais atuais”, conclui a empresa.

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