“Na história da UE nada de bom surgiu com um ultimato”, recorda Varoufakis

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, reiterou hoje vontade em encontrar com os parceiros do euro um acordo que garanta uma “solução honrosa” para todos, mas advertiu que Atenas não aceita um ultimato da União Europeia (UE). “Na história da UE nada de bom surgiu com um ultimato”, vincou o ministro no final da […]

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, reiterou hoje vontade em encontrar com os parceiros do euro um acordo que garanta uma “solução honrosa” para todos, mas advertiu que Atenas não aceita um ultimato da União Europeia (UE).

“Na história da UE nada de bom surgiu com um ultimato”, vincou o ministro no final da reunião de hoje do Eurogrupo, em Bruxelas.

Varoufakis falava em conferência de imprensa após a reunião dos ministros das Finanças da zona euro ter terminado mais cedo que o previsto, depois de a Grécia ter rejeitado liminarmente uma proposta de compromisso apresentada pelo Eurogrupo.

O líder do partido Gregos Independentes, parceiro do Syriza no Governo, revelou entretanto no Twitter que o país não vai solicitar um prolongamento do programa de assistência financeira, como proposto pelo Eurogrupo.

“Não pediremos nenhuma extensão [do programa de resgate], temos um mandato público para ir até ao fim. Os gregos disseram que não, não seremos chantageados”, disse Panos Kammenos, líder dos Gregos Independentes e também ministro da Defesa do país, na sua conta no Twitter.

O governo grego rejeitou uma primeira proposta de compromisso apresentada pelo Eurogrupo, com fonte governamental a considerá-la “absurda” e “inaceitável”, já que implicava que a Grécia prolongasse e concluísse o atual programa de assistência financeira.

O presidente do Eurogrupo, Jeoren Dijsselbloem, disse na capital belga, após a reunião dos governantes, preferir uma solução que passe pela extensão do programa de assistência à Grécia num curto prazo, enquanto se negoceia uma de longo prazo, sublinhando que a iniciativa pertence a Atenas.

“Falamos numa extensão do programa porque este ainda vigora”, adiantou Dijsselbloem, sublinhando que a Grécia tem até o final da semana para decidir, podendo ser marcada uma nova reunião dos ministros das Finanças da zona euro.

OJE/Lusa

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