O chanceler alemão defendeu esta terça-feira que ninguém pode garantir que a Rússia não vai atacar outros países, uma vez que o Kremlin já violou as leis do direito internacional ao invadir a Ucrânia, quebrando a ordem pós-Segunda Guerra Mundial.
“Ninguém pode assumir que o presidente e o governo russos não violarão o direito internacional noutras ocasiões com violência”, disse Olaf Scholz numa declaração aos meios de comunicação social na presença dos primeiros-ministros da Suécia e da Finlândia, Magdalena Andersson e Sanna Marin, respetivamente, no início de uma reunião de dois dias em Schloss Meseberg, a norte de Berlim, para discutir a segurança da Europa.
O governante recordou que a agressão russa no país vizinho está a forçar a Europa a reforçar a sua estratégia de defesa.
Scholz reiterou ainda que a Alemanha vai apoiar a Finlândia e a Suécia se estes países decidirem aderir à NATO, como se espera que venha a acontecer.
Desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, que a Finlândia e a Suécia têm vindo a considerar a possibilidade de se candidatarem à adesão da Aliança Atlântica, o que representaria uma importante mudança política para a região nórdica.
Numa entrevista à revista “Stern”, Scholz afirmou que considera a política de Vladimir Putin imperialista.
“Ele está a tentar desesperadamente restabelecer o antigo significado da Rússia num mundo que mudou”, comentou o governante alemão.