Não compete ao Governo avaliar interesse da OPA sobre BPI, diz Pires de Lima

O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse hoje que compete aos acionistas e não ao Governo avaliar o interesse da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo banco espanhol CaixaBank sobre o BPI. “A Oferta Pública de Aquisição significa interesse. Interesse numa empresa, numa instituição com uma história, credível e competente. Se esta […]

O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse hoje que compete aos acionistas e não ao Governo avaliar o interesse da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo banco espanhol CaixaBank sobre o BPI.

“A Oferta Pública de Aquisição significa interesse. Interesse numa empresa, numa instituição com uma história, credível e competente. Se esta oferta é do interesse dos acionistas da instituição, isso compete aos acionistas da própria instituição definirem. Acho que o Governo não deve fazer qualquer tipo de pronunciação sobre este assunto”, disse Pires de Lima, em declarações à RTP, à margem de uma reunião dos “amigos da indústria”, em Madrid.

O CaixaBank anunciou hoje a intenção de adquirir a maioria do capital do BPI por 1,329 euros por ação, num total de 1,082 mil milhões de euros.

O banco catalão é o maior acionista do BPI, contando com quatro membros no Conselho de Administração do banco português, seguindo-se a empresária angolana Isabel dos Santos, através da Santoro, com 18,6%, e o Grupo Allianz, com 8,4%.

Em relação ao que foi discutido hoje na capital espanhola no âmbito da reunião dos “amigos da indústria”, o ministro da Economia sublinhou que é uma preocupação e uma prioridade a “efetivação” dos mercados únicos da energia e do digital na Europa, nos quais, segundo Pires de Lima, continua a haver, do ponto de vista económico, “uma grande fragmentação”.

O governante espera que venham a ser dados “passos sólidos” com vista à implementação destes mercados.

Em declarações à Lusa, a partir de Madrid, Pires de Lima disse que outro dos temas abordado foi o plano ‘Plano Junker’, o qual “deve propiciar um desenvolvimento maior das Pequenas e Médias Empresas (PME)” através de “maiores e melhores instrumentos de capitalização” das PME, que estão muito dependentes do crédito bancário.

O ministro defendeu que “é muito importante” que o ‘Plano Junker’, em parceria com operadores e empresas privadas, possa “aumentar substancialmente em volume e em qualidade a oferta de instrumentos de capitalização para as PME”.

António Pires de Lima explicou, na segunda-feira, que a reunião dos “amigos da indústria” que hoje se realizou em Madrid “têm a preocupação fundamental” de garantir que “a agenda europeia tenha em linha de conta a prioridade que deve constituir a indústria e o processo de reindustrialização em toda a Europa”.

OJE/Lusa

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