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“Não comprem já viagens para Israel”, avisa a Eurovisão

Não parece certo que a edição de 2019 se venha a realizar-se naquele país, apesar da vitória da sua representante em Lisboa, na edição deste ano.
23 Maio 2018, 14h53

“Está ansioso pela edição do próximo ano do Festival da Eurovisão? Nós também. Mas não reserve já as suas viagens. Para atualização de informação sobre onde e quando o festival terá lugar, esteja atento aos anúncios nos nossos canais oficiais”. Esta é a mensagem divulgada nas últimas horas pela organização do certame, que as televisões nacionais têm vindo a dar destaque.

Apesar de, por causa da vitória da israelita Netta Barzilai em Lisboa na edição deste ano, aquele país do Médio Oriente ser a próxima nação anfitriã que se segue, a Eurovisão poderá não concordar com a realização da edição do próximo ano em Jerusalém, onde recentemente foi inaugurada a embaixada norte-americana e mais tarde de duas outras de países sul-americanos, numa altura em que 60 palestinianos foram mortos em Gaza.

Questões políticas (às quais a Eurovisão sempre disse manter-se avessa, não sendo essa, apesar disso, a opinião de alguns críticos), mas também de segurança, podem significar que outras opções serão tidas em conta.

O facto de Israel pretender organizar o certame do próximo ano em Jerusalém e não em Telavive é tido como uma forma de chamar a atenção para a questão política que lhe está subjacente, mas o certo é que já não é a primeira vez que, quando Israel tem de organizar o festival, o faz naquela cidade.

Recorde-se que vários músicos têm juntado a sua voz ao movimento #ArtistsForPalestine, condenando (e em alguns dos casos boicotando) Israel. Roger Waters, que esta semana atuou em Portugal, e Portishead são alguns dos artistas envolvidos, e Gilberto Gil cancelou concertos em Israel.

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