“Está ansioso pela edição do próximo ano do Festival da Eurovisão? Nós também. Mas não reserve já as suas viagens. Para atualização de informação sobre onde e quando o festival terá lugar, esteja atento aos anúncios nos nossos canais oficiais”. Esta é a mensagem divulgada nas últimas horas pela organização do certame, que as televisões nacionais têm vindo a dar destaque.
Apesar de, por causa da vitória da israelita Netta Barzilai em Lisboa na edição deste ano, aquele país do Médio Oriente ser a próxima nação anfitriã que se segue, a Eurovisão poderá não concordar com a realização da edição do próximo ano em Jerusalém, onde recentemente foi inaugurada a embaixada norte-americana e mais tarde de duas outras de países sul-americanos, numa altura em que 60 palestinianos foram mortos em Gaza.
Questões políticas (às quais a Eurovisão sempre disse manter-se avessa, não sendo essa, apesar disso, a opinião de alguns críticos), mas também de segurança, podem significar que outras opções serão tidas em conta.
O facto de Israel pretender organizar o certame do próximo ano em Jerusalém e não em Telavive é tido como uma forma de chamar a atenção para a questão política que lhe está subjacente, mas o certo é que já não é a primeira vez que, quando Israel tem de organizar o festival, o faz naquela cidade.
Recorde-se que vários músicos têm juntado a sua voz ao movimento #ArtistsForPalestine, condenando (e em alguns dos casos boicotando) Israel. Roger Waters, que esta semana atuou em Portugal, e Portishead são alguns dos artistas envolvidos, e Gilberto Gil cancelou concertos em Israel.
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