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“Não se faz justiça perante esta gentalha”, diz fundador do Clube dos Pensadores sobre polémica da CGD

O fundador do Clube dos Pensadores escreve que é inadmissível que os gestores públicos da Caixa Geral de Depósitos continuem sem apresentar as suas declarações de rendimentos e acusa o país de ser corrompido por “vigaristas, hipócritas, trapaceiros, velhacos e ladrões”.
16 Novembro 2016, 16h16

Joaquim Jorge, o organizador dos encontros e fundador do Clube dos Pensadores, voltou a abordar a polémica gerada em torno da recusa da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em entregar a declaração de património e rendimentos ao Tribunal Constitucional (TC). Joaquim Jorge questiona como é que o caso ainda não foi parar ao tribunal e confessa que tem “vergonha” de viver num país onde “não se faz justiça”.

Num artigo de opinião publicado no site do Notícias ao Minuto, Joaquim Jorge escreve que é inaceitável que Carlos Santos Ferreira, que presidiu ao conselho de administração da CGD até 2008, nunca tenha declarado ao Tribunal Constitucional os rendimentos que auferia e afirma que o caso deveria ter “ido à Justiça”.

O mesmo acontece com o atual presidente da CGD, António Domingues, que se recusa a entregar a declaração de património e rendimentos ao TC. O fundador do Clube de Pensadores diz que António Domingues tem de passar pelo mesmo escrutínio e que “num verdadeiro Estado de direito não pode e não deve haver exceções – a transparência é para todos”.

Joaquim Jorge explica que “nada tenho contra uma pessoa que tenha bens e seja rica, desde, que se saiba de onde vem o dinheiro e que paga os seus impostos”.

No entanto, o professor acusa o país de estar cheio de “corruptos, safados, vigaristas, hipócritas, tratantes, trapaceiros, velhacos e ladrões” e confessa que “detesto viver neste país que não se faz justiça perante esta gentalha. Os portugueses são roubados todos os dias e respondem com encolher dos ombros”.

Quanto a António Domingues, Joaquim Jorge escreve que o melhor será “demitir-se” e acrescenta que “se há um acordo entre António Domingues e o Governo de António Costa para isentarem dessa obrigação na Administração da CGD, a culpa é de quem convidou (Governo) e não de quem foi convidado (presidente CGD)”.

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