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NATO: “Desqualificar a organização, iria enfraquecê-la”, diz ministro da Defesa

Os ministros da Defesa do chamado “Quarteto do Sul” (Portugal, Espanha, França e Itália) reúnem-se esta segunda-feira no Palácio da Bolsa, no Porto, para debater o futuro da Aliança Atlântica.
6 Fevereiro 2017, 10h46

Depois do presidente norte-americano, Donald Trump, ter levantado questões em relação à pertinência da NATO nos dias de hoje, os ministros da Defesa do chamado “Quarteto do Sul” (Portugal, Espanha, França e Itália) reúnem-se esta segunda-feira no Porto para debater o futuro da organização. O encontro antecede a reunião de ministros de Defesa dos 28 países da NATO, dias 15 e 16, em Bruxelas.

Na antevisão do evento, o ministro da Defesa português, Azeredo Lopes, reafirmou à Lusa que “Portugal defende muito claramente a organização e considera que seria um desastre se porventura o seu papel fosse diminuído”, tendo em conta que “desde há décadas a organização tem conseguido garantir a defesa dos países europeus e dos que são membros da organização como os EUA e o Canadá”.

O ministro da Defesa explica que o objetivo primordial do evento desta segunda-feira é “concertar posições sobre quatro temas-chave para a segurança e defesa do ‘flanco sul’”. São eles, “o estado da Aliança Atlântica e perspetivas futuras, o modelo de atuação da NATO para o Sul, as relações transatlânticas e a implementação da Estratégia Global da União Europeia em matéria de segurança e defesa”.

A tomada de posse da nova administração norte-americana veio baralhar o panorama. Azeredo Lopes admitiu “uma certa expectativa”, sabendo que os Estados Unidos representam 75% das capacidades da Aliança Atlântica e que Donald Trump já manifestou a intenção de desinvestir nas organizações internacionais, como a NATO ou a Organização das Nações Unidas (ONU).

“Havendo coisas que, no nosso entender, poderão ser aperfeiçoadas, é preferível que assim seja do que estar a desqualificar a organização. Isso iria enfraquecê-la”, disse Azeredo Lopes.

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