O secretário-geral da NATO disse esta segunda-feira que a Aliança Atlântica não quer uma “nova Guerra Fria” com a Rússia, apesar da preocupação dos Estados-membros com o fortalecimento militar russo junto às suas fronteiras.
Jens Stoltenberg falava no final de quatro dias de uma assembleia parlamentar da NATO na capital da Roménia. “Estamos preocupados com a falta de transparência [da Rússia] quando se trata de exercícios militares”, disse.
O dirigente da Organização do Tratado do Atlântico Norte referia-se aos exercícios militares realizados em setembro envolvendo milhares de militares russos e bielorrussos na Bielorrússia. Os exercícios envolveram manobras desenhadas para apanhar e destruir espiões armados.
No entanto, Jens Stoltenberg explicou: “A Rússia é nossa vizinha (…) não queremos isolar a Rússia; não queremos uma nova Guerra Fria”. O responsável acrescentou que a aliança, que reúne 29 Estados-membros, incluindo Portugal, aumentou as patrulhas aéreas no Mar Negro em “resposta às ações agressivas da Rússia na Ucrânia”.
Sobre a missão da NATO no Afeganistão, onde se mantêm mais de 13 mil militares, Jens Stoltenberg disse que “o custo de sair seria muito mais elevado” do que o custo humano e financeiro da missão. O Afeganistão iria cair num caos e tornar-se um santuário para terroristas internacionais se a NATO saísse do país, sublinhou o secretário-geral.
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