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NATO. O que prometeram a Suécia e Finlândia à Turquia?

Erdogan viu todas as suas preocupações e exigências atendidas, nomeadamente através da suspensão das restrições à venda de armas para o país, a declaração dos curdos como terroristas e um acordo de extradição próprio para os apoiantes do PKK e seus filiados.
29 Junho 2022, 11h15

A Turquia assinou na terça-feira um memorando para a adesão da Suécia e Finlândia à NATO, retirando assim o veto anunciado no passado mês de maio. Contudo, para se chegar a tal acordo, foram necessárias várias promessas, da parte dos países candidatos, ao regime de Recep Tayyip Erdogan.

O documento estipula que a Finlândia e a Suécia vão “estender o seu total apoio” à Turquia em questões de segurança nacional. Face às preocupações de Erdogan em relação ao apoio dos nórdicos ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que se revoltou contra o Estado turco em 1984, os países estabeleceram “cooperação total com a Turquia na luta contra o PKK e os seus afiliados”.

O memorando descreve ainda que a Suécia e a Finlândia demonstram “solidariedade com a Turquia na luta contra o terrorismo em todas as suas formas e manifestações”.

Ademais, estabelece a suspensão das restrições à venda de armas para a Turquia, e que os três países vão trabalhar juntos nos pedidos de extradição de curdos. De relembrar que a Suécia abriga cerca de cem mil refugiados do grupo étnico. Agora, a Turquia pediu a extradição de indivíduos que dizem estar ligados ao PKK ou ao YPG sírio.

Segundo o “The Guardian”, nas palavras do secretário-geral da NATO, Jens  Stoltenberg, a Finlândia e a Suécia concordaram, no fundo, em “alterar ainda mais a sua legislação doméstica” para dar à Turquia as garantias antiterroristas que pretendia, nomeadamente através da repressão “das atividades do PKK” e “estabelecendo um acordo sobre extradição” de curdos.

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