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Negociações entre Reino Unido e União Europeia vão recomeçar para fixar acordo do Brexit

“Embora reconhecendo a seriedade destas diferenças, concordamos que deve ser realizado um esforço adicional por parte das nossas equipas de negociação para avaliar se os assuntos podem ser resolvidos”, indica o comunicado assinado por von der Leyen e Johnson. 
5 Dezembro 2020, 19h10

O Reino Unido e a União Europeia concordaram em regressar à mesa das negociações para tentar estabelecer o acordo final para o Brexit, revela a “BBC” este sábado, após as mesmas terem sido interrompidas e Ursula von der Leyen e Boris Johnson terem passado a tarde ao telefone.

As equipas de negociação das duas partes vão voltar a encontrar-se em Bruxelas no domingo, sendo que a presidente da Comissão Europeia e o primeiro-ministro britânico vão voltar a falar na próxima segunda-feira, 7 de dezembro, via telefone.

De acordo com a “BBC”, Boris Johnson e Ursula von der Leyen assumem que as “diferenças significativas” entre as duas partes continuam. Os três assuntos mais críticos que precisam de chegar a um acordo permanecem num impasse, nomeadamente a política de pescas, questões concorrenciais e a resolução de disputas. “Ambos os lados sublinharam que nenhum acordo é viável se essas questões não forem resolvidas”, apontou o comunicado conjunto citado pela “BBC”.

“Embora reconhecendo a seriedade destas diferenças, concordamos que deve ser realizado um esforço adicional por parte das nossas equipas de negociação para avaliar se os assuntos podem ser resolvidos”, continua o comunicado assinado por von der Leyen e Johnson.

O Reino Unido abandonou a União Europeia no dia 31 de janeiro, depois de vários referendos, mas até ao fim do ano continua a negociar as trocas comerciais seguindo as regras europeias. Caso um acordo final não seja posto em cima da mesa até ao próximo dia 31 de dezembro, o Reino Unido abandona por completo todos os acordos comerciais, e irá verificar tarifas em todos os produtos que importar dos países da União Europeia.

O Brexit foi votado em referendo no dia 23 de junho de 2016, enquanto David Cameron era primeiro-ministro. Cameron foi sucedido por Theresa May, sendo que a primeira-ministra falhou em obter um consenso no Parlamento britânico, o que levou à sua demissão, sendo então substituída por Boris Johnson, que chegou a um acordo dentro do Reino Unido.

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