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Negócios com empresas portuguesas caem nos primeiros sete meses de 2022

As fusões e aquisições caíram 24% para 249, em comparação com o mesmo período do ano passado, e o valor dos mesmos recuou 61% para 5,8 mil milhões de euros. Garrigues, JP. Morgane e Seale & Associates lideram assessorias.
9 Agosto 2022, 16h01

Os primeiros sete meses do ano não foram animadores para as fusões e aquisições em Portugal, que contraíram quer em número quer em montante movimentado. Os negócios a envolver empresas nacionais caíram 24% para 249, em comparação com o mesmo período do ano passado, e o valor dos mesmos recuou 61% para 5,8 mil milhões de euros. Ainda assim, só cerca de metade das operações (46%) tiveram os seus valores revelados.

A conclusão é do novo relatório da Transactional Track Record (TTR), divulgado esta terça-feira e elaborado em colaboração com o Intralinks. Segundo as estatísticas, em termos sectoriais, foi o imobiliário que se manteve como o mais ativo entre janeiro e julho de 2022, com 53 transações. Segue-se o segmento de Internet, software e serviços de Tecnologias da Informação, com 33 operações.

“No âmbito cross-border [além-fronteiras], quanto à número de transações, Espanha foi o país que mais investiu em Portugal no período, contabilizando 24 transações. Em segundo lugar está França com 16 operações. As empresas portuguesas escolheram Espanha e Alemanha como principal destino de investimento, com dez e seis transações, respectivamente”, de acordo com a TTR.

O diretório destaca ainda que as empresas norte-americanas diminuíram em 53% as suas aquisições no mercado português entre janeiro e julho de 2022.

Por outro lado, no que toca aos fundos estrangeiros de private equity e capital de risco (venture capital) que investem em empresas portuguesas, houve um aumento de 7% nestes sete meses face ao mesmo período do ano passado. Os fundos de private equity fizeram 23 transações de M&A (de cerca de 1,2 mil milhões de euros) e os de venture capital entraram em 49 rondas de investimentos (de 571 milhões de euros).

O negócio do mês, para os especialistas da TTR, foi a aquisição da Smart Studios pela Round Hill Capital por 200 milhões de euros. A assessoria jurídica esteve a cargo dos escritórios pbbr, Morais Leitão e SRS Advogados. Ainda assim, a Garrigues continua a liderar o ranking de assessores legais este ano. Já a assessoria financeira é encabeçada pela JP. Morgan Chase International e pela Seale & Associates.

Se olharmos só para o mês passado, foram registadas 36 transações de M&A, entre anunciadas e encerradas, com um valor total de 538,94 milhões de euros.

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