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Negrão diz que Rio como líder do partido e da bancada é “boa solução a curto prazo”

O líder parlamentar cessante considera que a decisão do atual presidente do PSD, Rui Rio, em acumular a liderança do partido com a do grupo parlamentar não é uma boa solução a longo prazo, mas vai permitir uma oposição “acutilante” no curto prazo.
22 Outubro 2019, 13h25

O líder parlamentar cessante do PSD, Fernando Negrão, garantiu esta terça-feira que sai da liderança da bancada social-democrata sem “mágoa nenhuma”. Fernando Negrão considera que a decisão do atual presidente do PSD, Rui Rio, em acumular a liderança do partido com a do grupo parlamentar não é uma boa solução a longo prazo, mas vai permitir uma oposição “acutilante” no curto prazo.

“Se me perguntasse se [a acumulação, por parte de Rui Rio, das funções de presidente do PSD com as de líder da bancada parlamentar] como solução definitiva é uma boa solução eu diria que não. Mas o próprio dr. Rui Rio explicou que não é uma solução definitiva”, afirmou Fernando Negrão, em declarações à rádio “TSF”.

Fernando Negrão considera que Rui Rio é capaz de fazer oposição de forma “acutilante”, tendo em conta os seus dez anos de experiência enquanto deputado e sublinha que o atual líder do PSD “estava sempre muito bem preparado, nas áreas económicas e financeiras principalmente”. Acrescenta ainda que não sai “com mágoa nenhuma” da liderança da bancada parlamentar do PSD. “Vejo tudo como uma experiência, um ensinamento”, assegurou à “TSF”.

“Não estava disponível porque foi um ano e meio muito duro, em circunstância difíceis. Foi um ano e meio de luta política muito violenta e eu achava que os tempos agora são de luta interna, entre candidatos que já se perfilaram, e o debate político deve ser entre essas pessoas”, acrescentou.

Fernando Negrão põe ainda “completamente” de lado a possibilidade de voltar a ser líder da bancada social-democrata. “Estarei disponível para qualquer outra missão difícil que possa surgir”, garantiu.

“Enquanto eu fui líder parlamentar os deputados perceberam que a unidade do grupo parlamentar é importante para que o partido tenha um referencial de estabilidade e tenho a certeza que os deputados agora, por maioria da razão, compreenderão que essa estabilidade do grupo parlamentar é fundamental como referencial do PSD como um partido de oposição ao PS e a quem governa”, disse ainda, sublinhando que “o essencial é que o grupo parlamentar sempre deu provas de unidade e nunca falhou”.

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