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Nicolas Sarkozy indiciado por suspeita de financiamento líbio na campanha eleitoral de 2007

Após dois dias de detenção para interrogatório, Nicolas Sarkozy foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha eleitoral e encobrimento de fundos públicos da Líbia, tendo sido colocado sob controlo judiciário.
21 Março 2018, 21h22

O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy foi indiciado no âmbito da investigação sobre suspeitas de financiamento líbio na sua campanha para a eleição presidencial de 2007, revelaram fontes judiciais esta quarta-feira, citadas pelo “Le Monde“.

Nicolas Sarkozy, que nega as acusações, está indiciado pelos crimes de corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha eleitoral e encobrimento de fundos públicos da Líbia, tendo sido colocado sob controlo judiciário, disse fonte judicial.

O político francês foi ouvido durante cerca de 25 horas pelos investigadores, que o interrogaram na sede da Polícia Judiciária de Nanterre, nos arredores de Paris.

O processo judicial teve origem num documento líbio, publicado em maio de 2012 no ‘site’ de informação “Médiapart”, no qual é revelado que o ex-chefe de Estado francês teria recebido dinheiro do antigo líder líbio Muammar Kadafi.

Em novembro de 2016, o empresário e intermediário Ziad Takieddine afirmou ter recebido cinco milhões de euros em dinheiro entre o final de 2006 e início de 2007, de Tripoli para Paris, que entregou a Claude Géant e Nicolas Sarkozy.

A Justiça francesa recuperou a agenda do ministro do Petróleo de Kadafi, Choukri Ghanem, que morreu em 2012 em circunstâncias pouco claras, onde os pagamentos de dinheiro a Sarkozy eram mencionados.

Um ex-colaborador do líder líbio que estava encarregue das relações com a França, Bechir Saleh, também assegurou ao “Le Monde” que Kadafi disse que “ele havia financiado Sarkozy”.

Sarkozy sempre negou as acusações, classificando-as de “manipulação e crueldade”.

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