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“Ninguém governa sozinho”. Costa está disponível para melhorar OE2020 na especialidade

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou, no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS, que esta é a melhor proposta orçamental que já apresentou desde que é líder do Governo, mas “nada impede” à Assembleia da República de a melhorar no debate da especialidade. 
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29 Janeiro 2020, 15h36

O primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta quarta-feira que está disponível para negociar as propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) apresentados por outros partidos. António Costa reiterou que esta é a melhor proposta orçamental que já apresentou, mas “nada impede” à Assembleia da República de a melhorar no debate da especialidade.

“É evidente que, com maioria ou sem maioria, ninguém governa sozinho em democracia. E nós governamos com o conjunto dos portugueses e dos partidos existentes na Assembleia da República. Por isso, teremos sempre uma postura dialogante [no debate da especialidade]”, afirmou o primeiro-ministro, no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS, em Setúbal.

António Costa adiantou que, em conjunto com os restantes membros do Governo, já admitiu muitas das propostas apresentadas pelos partidos e estão “abertos a considerar as propostas dos outros”. “Este foi o melhor orçamento que já apresentámos mas, como dissemos, nada impede à Assembleia da República de o poder melhorar na especialidade”, sublinhou o líder do Executivo socialista.

O secretário-geral do PS diz ainda que esta proposta orçamental para este ano é “de uma nova legislatura, de um novo ciclo político que se abre” e que este orçamento não será “o último”, nem “o penúltimo”, nem “sequer o antepenúltimo da legislatura”.

“Só quem tem mesmo muita pressa de precipitar o fim da legislatura é que pode querer ter vontade de, logo no primeiro orçamento, fazer tudo aquilo que se comprometeu fazer ao longo de quatro anos. Temos muita pressa de fazer mas sabemos bem qual foi a chave do sucesso da legislatura anterior. Foi, em cada ano, darmos o passo que era possível para garantir que continuava a haver caminho para andar”, frisou António Costa.

O chefe do Executivo garantiu que o Governo não dará “passos maiores do que a perna” e sublinhou que foi “dando cada passo seguro”, que, ao longo do seu primeiro Governo, foi “sempre desmentindo as previsões mais catastróficas e mais pessimistas da Comissão Europeia, da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e até o diabo do doutor [Pedro] Passos Coelho”.

“E não os desmentimos por qualquer ato de exorcismo. Nós desmentimos simplesmente porque fizemos bem as contas das propostas que apresentávamos e fomos sempre conservadores nas nossas previsões. (…) Ninguém pense que por termos mudado de quadro político vamos agora ter a irresponsabilidade orçamental que soubemos não ter na legislatura anterior”, garantiu.

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