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Níveis históricos de fome atingem quatro países do mundo

Organizações de ajuda humanitária alertam para o problema. Apesar do aumento da ajuda oferecida aos países com maior escassez, os esforços não chegam e o problema pode resultar numa crise global.
12 Fevereiro 2017, 19h19

Quatro países do mundo estão a sofrer com escassez de alimentos a um nível sem precedente, um problema que pode resultar numa crise global, alertaram organizações de ajuda humanitária em declarações ao jornal “The Guardian”. Os esforços de ajuda humanitária também aumentaram, mas não chegam para todas as necessidades.

Dez milhões de pessoas passam fome no Iémen, Sudão do Sul, Nigéria e Somália devido a conflitos nos países. De acordo com o líder das Nações Unidas para os assuntos humanitários, Stephen O’Brien, o total de doações é seis vezes mais elevado do que há 20 anos e atingiu um valor recorde no ano passado, mas as necessidades ultrapassam as doações e o financiamento chega apenas a cerca de metade das pessoas.

O diretor da organização humanitária Save the Children, Gareth Owen, frisou que “temos quatro países onde a fome é eminente, o que é uma ideia verdadeiramente assustadora”. Owen explicou que a organização está a esticar ao máximo os recursos. “Estamos num momento crítico”, acrescentou o diretor que trabalha há 25 na região do Corno de África.

A situação será agora semelhante à registada na Somália, quando 260 mil pessoas morreram de fome entre 2010 e 2012. Para além da fome nos quatro países em questão, há milhões de pessoas na Etiópia e no Quénia em situação de insegurança alimentar. “Isto está a criar uma preocupação real de que estejamos a enfrentar uma crise grave como nunca vimos”, disse Gareth Owen ao Guardian.

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