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“No meu país mando eu”: O sério aviso do presidente das Filipinas a Donald Trump

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, afirma que as violações dos direitos humanos, de que o país é acusado, são uma questão que só a ele dizem respeito e pede ao homólogo americano para que se afaste. “Isto não é da sua conta”.
  • Ezra Acayan/REUTERS
8 Novembro 2017, 16h18

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai encontrar-se esta quarta-feira com o homólogo filipino, Rodrigo Duterte, no seu último dia de périplo pelo continente asiático. Ainda antes da visita, Rodrigo Duterte quis marcar a sua posição e deixar um aviso a Donald Trump caso este venha a questioná-lo sobre os direitos humanos nas Filipinas: “No meu país mando eu”.

A questão foi levantada por um jornalista da Reuters, que quis saber o que o presidente das Filipinas diria sobre o assunto caso este viesse a tema de conversa durante o encontro com Donald Trump. “Quer fazer-me uma pergunta, então vou dar-lhe uma resposta. Afaste-se. Não é da sua conta, é da minha. Eu tomo conta do meu país e vou fomentá-lo para a saúde”, afirmou Rodrigo Duterte de forma perentória.

A polémica “guerra contra as drogas” de Rodrigo Duterte causou desde junho do ano passado até junho deste ano 7.080 mortos. Desses, 2.555 foram abatidos pela polícia, alegadamente por resistirem às autoridades, 3.603 estão classificados como “mortes sob investigação” e 922 foram casos encerrados sem se identificar os culpados.

Segundo a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional, a campanha de Rodrigo Duterte viola os direitos humanos da população, o que está a motivar críticas por parte da comunidade internacional. As autoridades filipinas desmentem as acusações e asseguram que todos os direitos estão a ser cumpridos.

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