A NOS emitiu 350 milhões de euros de dívida com financiamento ‘verde’, segundo nota enviada pela operadora à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira. O financiamento significa que pelo menos 70% da dívida da empresa está indexada a objetivos de sustentabilidade, refere o mesmo documento.
A operação tem maturidade em 2028 e a NOS diz que o objetivo é “reduzir as emissões de efeito de estufa em pelo menos 80% até 2025, face a 2019”.
O financiamento bancário foi repartido entre empréstimos obrigacionistas e programas de papel comercial, com um prazo de seis anos, e foi assegurado por cinco instituições financeiras: Banco BPI, Banco Sabadell – Sucursal em Portugal, Banco Santander Totta, Caixa Geral de Depósitos e Millennium bcp.
Estas operações, diz a empresa, “visam antecipar as necessidades de refinanciamento de 2023, e estão enquadradas pelo Sustainability-Linked Financing Framework da NOS, o qual foi objeto de Second Party Opinion por parte da Standard and Poor’s” (ambos publicados em fevereiro de 2022, e disponíveis no website da NOS).
“As novas linhas encontram-se, assim, indexadas ao objetivo de redução das emissões de gases com efeito de estufa da operação própria (emissões de âmbito 1 e 2) em pelo menos 80% até 2025, em relação a 2019”, acrescenta.
O CFO da NOS, José Pedro Pereira da Costa, refere que o financiamento contratado tem “um impacto significativo no propósito da empresa”.
A operação, acrescenta o mesmo, contribui “positivamente para a manutenção de um custo médio de financiamento da nossa dívida muito competitivo face às congéneres” e promove “o alongamento da maturidade média da dívida”. “Após o reembolso de uma emissão obrigacionista que terá lugar em maio, de 300 milhões de euros, a NOS passará a ter cerca de 70% da dívida contratada indexada a indicadores e targets de sustentabilidade”, termina.
A NOS apresenta um rácio de endividamento da dívida financeira líquida/EBITDA após leasings de 1,85x (a 30 de setembro de 2022), ligeiramente “abaixo do target de cerca de 2x definido na política financeira da NOS e abaixo da maioria das empresas do sector das telecomunicações, o que demonstra a solidez do seu balanço consolidado”, refere o comunicado.