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Nos reinvestimentos, BCE vai manter linhas gerais do programa de compras, mas há espaço para ajustes

Após terminar as compras líquidas de ativos no fim deste mês, o BCE continuar a reinvestir, seguindo as mesma linhas em termos de tipo de ativos e de país de emissão da dívida.
13 Dezembro 2018, 14h56

O Banco Central Europeu explicou esta quinta-feira que os reinvestimentos dos principais pagamentos de ativos adquiridos ao abrigo do Quantitative Easing vão ser feitos nas mesmas linhas gerais que conduziram esse programa de compras e que termina no final deste mês, mas sublinhou que vai manter um grau de flexibilidade para fazer eventuais adaptações.

O BCE já tinha confirmado, em comunicado emitido ao final da manhã, que as aquisições líquidas no programa de compra de ativos da zona euro irão  terminar em dezembro de 2018, adiantando que Conselho de Governadores está a reforçar forward guidance sobre o reinvestimento, que pretende fazer por completo nos ativos que cheguem à maturidade, por um período extenso e para além de quando começar a subir as principais taxas de juro.

Esta tarde, o banco central publicou os parâmetros técnicos para os reinvestimentos, que expressam a intenção de manter os rácios praticados durante as compras, seja em termos de tipo de ativos ou país de origem.

“O Conselho de Governadores irá visar manter o valor da compras líquidas acumuladas sobre parte constituinte do programa, ou seja, o programa de compra de ativos do setor público (PSPP), o programa de compra de securities suportados por ativos (ABSPP), o terceiro programa de compra de covered bonds e o programa de compra de ativos empresariais (CSPP), nos níveis respetivos que registarem no final de dezembro de 2018″, referiu o BCE.

Adiantou, no entanto, que desvios limitados e temporários no tamanho e composição global do programa poderão ocorrer durante o reinvestimento, por razões operacionais.

Para o programa de compra de dívida soberana, o BCE referiu que “a alocação através de jurisdições elegíveis irá continuar a ser guiada, numa base de stock, pelas respetivas subscrições dos bancos centrais nacionais à chave de capital do BCE, ajustando ao tempo”.

Adiantou que, como regra, as amortizações serão reinvestidas na jurisdição em que os pagamentos dos juros são feiros, mas a alocação do portefólio através de jurisdições irá continuar a ser ajustada com vista a alinhas com as subscrições à chave de capital.

“Qualquer ajuste à alocação em termos de jurisdições irá ser gradual e será calibrado como apropriado para salvaguardar as condições nos mercados”, concluiu.

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