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Novabase: “O Wizzio vai permitir aos bancos concorrer com as fintech”

Em entrevista ao Jornal Económico, João Nuno Bento, managing director do negócio de Financial Services da Novabase, explicou que a empresa já tem “mais de uma mão cheia de clientes” a desenvolver ‘customer journeys’ com a plataforma digital que foi apresentada na Web Summit.
8 Novembro 2017, 12h58

O que é nos pode explicar mais concreta sobre a plataforma Wizzio?

É uma plataforma de banca digital e a ideia é permitir aos bancos concorrerem como se fosse uma fintech. Os bancos são estruturas grandes, foram desenhadas para mercados diferentes, e as fintechs oferecem aos clientes desses bancos serviços extremamente apelativos.

Em termos específicos, que tipos de serviços é que a plataforma permitirá oferecer?

Vou dar um exemplo. Muito recentemente, o Banco de Portugal elaborou uma regulação que permite aos bancos abrir contas sem reconhecimento presencial da pessoa, portanto através de reconhecimento de vídeo. Com o Wizzio é possível fazer esse processo em muito menos tempo do que seria se fosse feito na banca tradicional, nos sistemas tradicionais.

Para além disso permite uma reutilização muito grande daquilo que já existe dentro dos bancos com um conjunto de processo que vamos buscar ao mundo das fintechs.

Quanto tempo é que levou e qual foi o investimento da Novabase para lançar a plataforma?

Isto resulta de um traballho, de um desenvolvimento que tem mais de cinco anos. Neste momento estão um pouco mais de trinta pessoas a trabalhar na plataforma, e é uma aposta muito grande da Novabase para os nossos clientes do setor financeiro.

Esta aposta é feito com algum entendimento com esses clientes? Quando e onde é que vamos poder ver a plataforma a ser usada por clientes?

Nós não gostamos de falar especificamente dos nossos clientes, o que eu posso dizer é que estamos neste momento com mais de uma mão cheia de clientes a desenvolver aquilo que nós chamamos de ‘customer journeys’ em cima do Wizzio, em Portugal e não só.

Esta plataforma vai ajudar, portanto, o processo de internacionalização da Novabase?

A ideia é essa. Nós acreditamos que a internacionalização deve ser feita com base em soluções. Em Portugal a Novabase é lider de mercado, tem mais de duas mil pessoas e não precisamos assim de apresentações. No exterior temos de nos apresentar por aquilo que fazemos e a forma mais fácil é termos soluções próprias, ter produtos para chamar clientes e fechar negócios.

Qual é o roadmap para este produto?

Um produto como o Wizzio é um compromisso de longo prazo, ou seja, nós vamos levar os nossos clientes e as nossas plataformas durante os próximos 10, 15 anos. Só assim é que faz sentido dizer que o Wizzio é um produto, senão seria um conjunto de serviços.

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