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Novo ataque na Nigéria faz pelo menos 32 mortos, a maioria deslocados

Trata-se de, pelo menos, o terceiro ataque a Benue esta semana, após 53 pessoas terem sido mortas na última terça e quarta-feira, quando homens armados, também suspeitos de serem pastores Fulani, invadiram a aldeia de Umogidi no município de Otukpo.
8 Abril 2023, 18h04

Pelo menos 32 pessoas, na sua maioria deslocados, foram mortas no estado de Benue, no centro da Nigéria, durante um ataque por alegados pastores Fulani, na noite de sexta-feira, disseram este sábado líderes da sociedade civil.

“Trinta e dois corpos foram recuperados, incluindo aqueles que tinham procurado refúgio numa escola comunitária”, disse Ongu Anngu, presidente do Conselho da Juventude de Benue, à agência de notícias espanhola EFE, por telefone, referindo-se aos deslocados que estavam a acompanhados num centro educativo na aldeia de Mgban, na cidade de Guma.

De acordo com o ativista, “um grande número de homens armados invadiu” a aldeia disparando e a maioria das vítimas foram mortas quando tentavam fugir.

Trata-se de, pelo menos, o terceiro ataque a Benue esta semana, após 53 pessoas terem sido mortas na última terça e quarta-feira, quando homens armados, também suspeitos de serem pastores Fulani, invadiram a aldeia de Umogidi no município de Otukpo.

“Passaram apenas alguns dias desde que estas pessoas lançaram o terror sobre o nosso povo e quando ainda estávamos de luto (…). Isto tem de acabar”, disse.

Numa declaração emitida pelo seu porta-voz, Garba Shehu, o Presidente cessante da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou os ataques em Benue e “a utilização do terrorismo como instrumento em conflitos intercomunitários”.

Também ordenou aos serviços secretos, à polícia e aos comandantes militares que “aumentem a vigilância em todas as frentes e que revejam imediatamente a gestão da segurança nas áreas afetadas”, segundo a declaração.

Benue, um dos maiores produtores agrícolas da Nigéria, assistiu nos últimos anos à violência entre agricultores predominantemente cristãos e pastores muçulmanos Fulani por causa de terras e recursos escassos.

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