Novo Banco vai reduzir 350 postos de trabalho

O Novo Banco vai cortar 350 postos de trabalho, entre rescisões voluntárias e reformas antecipadas, e o encerramento de 70 balões até final de junho deste ano. Estes objectivos estão a ser transmitidos aos sindicatos dos bancários que foram convocados pela administração do banco liderado por António Ramalho para uma reunião esta tarde.

Fonte próxima ao processo avançou ao Jornal Económico que em causa estão 150 rescisões e 200 reformas antecipadas, cujos acordos terão de ser negociados até 10 de março. As saídas terão de ocorrer até 30 de junho.

Os cortes de postos de trabalho, segundo a mesma fonte, incidem na fundamental na atividade doméstica.

António Ramalho, CEO do Novo Banco, já tinha avançado publicamente com o compromisso de que não iria avançar com despedimentos coletivos. Mas, recentemente, o presidente da instituição financeira  assumiu também perante a Assembleia da República que há metas de cortes para cumprir nos primeiros seis meses de 2017: acabar com mais 500 postos de trabalho e fechar 75 balcões.

Em causa estão as metas acordadas com Bruxelas no âmbito do plano de reestruturação que previam já o reforço de redução de postos de trabalho, de balcões e de custos caso o Novo Banco não fosse vendido até 31 de Dezembro de 2016. Neste plano, a Comissão Europeia fixou para 2016 uma redução de 800 a 1.000 postos de trabalho, o encerramento de 500 milhões a 600 balcões e corte de custos de 100 milhões a 200 milhões de euros. Caso o Novo Banco não fosse alienado até ao fim do ano passado, Bruxelas estabeleceu novas metas: 1.000 a 1.500, 450-500, 200 milhões a 250 milhões de euros, respetivamente, até ao fim do primeiro semestre de 2017.

De acordo com os últimos números oficiais do Novo Banco, entre setembro de 2015 e setembro do ano passado, o qudro de pessoal foi reduzido em 940 pessoas na atividade doméstica do banco e outras 376 nas atividades internacionais.

[Notícia atualizada às 17h07]