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Novo Banco vende carteira de malparado de 400 milhões de euros em Espanha

Operação de venda está prevista até ao final do ano, e ocorre numa altura em que numa altura em que banco liderado por António Ramalho pretende alienar outra carteira de crédito malparado avaliada em 1,75 mil milhões de euros.
  • Cristina Bernardo
30 Novembro 2018, 12h49

 

O Novo Banco tem em marcha uma operação de venda de carteira de crédito malparado em Espanha avaliada em 400 milhões de euros, revela esta sexta-feira a agência “Bloomberg“, citando fontes próximas do processo. Propostas começam a chegar em meados de dezembro, numa altura em que Novo Banco prepara venda outra carteira de NPL (non-performing loans) de 1,75 mil milhões de euros.

“Está em curso e deverá estar concluída até ao final do ano”, adiantam as mesmas fontes, que solicitaram não ser identificadas. Sobre a operação de venda, designada por “Albatros”, a “Bloomberg” revela ainda que o Novo Banco vai começar a receber propostas em meados do dezembro. “Receberá ofertas vinculativas para os ativos, que têm um valor nominal de cerca de 400 milhões de euros (455 milhões de dólares)”, revela uma das fontes conhecedoras do processo.

A agência avança ainda que a instituição financeira portuguesa  está a aceitar propostas pela carteira designada “Albatros” até meados do próximo mês e que o objectivo é concluir o processo nas semanas seguintes.

A venda acontece numa altura em que o Novo Banco pretende reduzir a maior carteira de malparado de sempre no mercado português, o chamado projeto Viriato, com NPL no valor de 1,7 mil milhões de euros, estando na corrida três os candidatos para comprar este portefólio: KKR, Deutche Bank e Cerebrus.

Na atualização de estratégia divulgada em junho, o Novo Banco deu conta dos esforços por parte da instituição financeira para reduzir o peso dos ativos tóxicos, no âmbito do plano de reestruturação que termina em 2021.

Recorde-se que, segundo as últimas contas apresentadas pela instituição, o Novo Banco detém cerca de 8,8 mil milhões de euros em NPL. Este montante correspondia a um rácio de crédito não produtivo de 28,7% do total do crédito concedido pelo banco detido em 75% pelo Lone Star e 25% pelo Fundo de Resolução.

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