[weglot_switcher]

Novo Governo “está muito longe de ser a task force que António Costa prometeu”, diz IL

Os liberais recordaram que “o primeiro ministro falou de uma task force, um governo verdadeiramente compacto e se olharmos para a composição e extensão deste governo , não temos nada disso”.
  • Lusa
24 Março 2022, 13h22

O novo Governo, que deverá assumir funções a 30 de março, conta com uma redução 20%, totalizando agora 17 ministros e 38 secretários de Estado. No entanto, a Iniciativa Liberal (IL) apontou ao Jornal Económico (JE) que o atual executivo está longe de ser a task force prometida pelo primeiro-ministro.

“É de facto mais curto, essa era uma promessa do primeiro-ministro, mas recordo que [António Costa] falou de uma task force, um Governo verdadeiramente compacto e se olharmos para a composição e extensão deste Governo , não temos nada disso”, referiu Rui Rocha, deputado eleito e membro da comissão executiva da IL.

Rui Rocha sublinha que “António Costa apresenta o segundo maior Governo da história da democracia. Portanto, estamos a falar de um Governo demasiado extenso”.

“Está muito longe de ser a task force que António Costa prometeu e que revela uma incapacidade de gerir com eficiência, privilegiando a quantidade e não a eficácia da ação governativa”, disse o liberal, acrescentando que esta é “uma primeira promessa não cumprida do primeiro-ministro”.

Quanto a mudanças de ministros, Rui Rocha afirmou que “Fernando Medina é um bom exemplo de alguns ministros vão assumir pastas fundamentais e que partem já condicionados, com o seu capital político alvo de bastante erosão”.

Rui Rocha lembrou que Fernando Medina perdeu as eleições em Lisboa e que enfrentou dificuldades durante o seu mandato e que por isso “parte debilitado” para o cargo de ministro das Finanças.

Além de Fernando Medina, a IL aponta Marta Temido, João Gomes Cravinho e Pedro Nuno Santos como exemplos de outros ministros que partem fragilizados.

“Poderia falar de Marta Temido na pasta da Saúde. Tem também as suas fragilidades. Perdeu ao longo do tempo toda a possibilidade de entendimento e de discussão com os profissionais de saúde”, frisou Rui Rocha, completando que este será um “lastro difícil de contrariar”.

A par com Marta Temido está João Gomes Cravinho. “Já não tinha condições objetivas para continuar na pasta da Defesa, e também ele é resgatado para os Negócios Estrangeiros, numa pasta diminuída na sua relevância porque já não tem os assuntos europeus”.

Também Pedro Nuno Santos, que vai continua no Ministério da Habitação e Infraestruturas  foi alvo de críticas. “Revela uma continuação da falta de respeito pelo dinheiro dos contribuintes e agora está limitado porque o melhor cenário para Pedro Nuno Santos é a privatização da TAP”, garantiu.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.