A Rússia continua a moldar a envolvente dos seus aliados na tentativa de fechar em torno de si uma espécie de barreira de proteção que lhe permita manter a sua posição de potência internacional – por muito que seja claro que essa ‘guerra’ já foi perdida para Pequim.
É neste quadro que os analistas compreendem uma notícia veiculada pela agência russa TASS, segundo a qual o Irão será admitido como membro de pleno direito na Organização de Cooperação de Xangai em julho, citando fontes do Ministério das Relações Exteriores da república islâmica.
O ministro da pasta, Hossein Amirabdollahian, disse esta quinta-feira que o Irão será “um membro de pleno direito da Organização de Cooperação de Xangai em julho, quando for realizada a próxima cimeira da organização”, adianta a agência de notícias iraniana Tasnim.
A organização é neste momento chefiada pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e, para além do Irão, Bielorrússia e a Mongólia (que chegou a ser um Estado pró-comunista) são os países convidados – e também, juntamente com o Afeganistão, são os Estados observadores. Azerbaijão, Arménia, Camboja, Nepal, Turquia e Sri Lanka são parceiros de diálogo.
O grupo Shanghai Five foi criado em abril de 1996 pelos chefes de Estado da China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão. Em 2008 a Organização de Cooperação de Xangai, com a admissão do Uzbequistão (altura em que largou a sua primeira designação). Mais tarde, em 2017, Índia e Paquistão entraram como membros de pleno direito. A organização estabeleceu relações com as Nações Unidas em 2004 (onde é observadora na Assembleia Geral).
A importância da organização tem vindo a crescer, principalmente desde que os Estados Unidos – na altura da presidência de Donald Trump – decidiram estreitar o multilateralismo global. Com a invasão da Ucrânia – e juntamente com os BRIC – a Rússia tem encontrado na organização algum suporte internacional.
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