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Novo terminal ferroviário de Famalicão avança sem licenças urbanísticas e ambientais

Mesmo assim, o projeto será alvo de uma cerimónia pública, hoje, dia 16 de janeiro, para assinatura de um protocolo entre a Medway, Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e IP – Infraestruturas de Portugal, que prevê um investimento, totalmente privado, superior a 35 milhões de euros.
16 Janeiro 2019, 07h40

O projeto do maior terminal ferroviário de mercadorias, a localizar em Famalicão, vai ser apresentado, hoje, dia 16 de janeiro, numa cerimónia oficial presidida por Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, mas ainda lhe faltam as licenças urbanísticas e o respetivo estudo de impacto ambiental, conforme apurou o Jornal Económico.

Contactada, fonte oficial da Câmara de Vila Nova de Famalicão, revelou que “faltam as licenças urbanísticas”, que terão de ser aprovadas posteriormente pela autarquia famalicense.

Por seu turno, Carlos Vasconcelos, diretor geral da MSC Portugal, dona da Medway, admitiu ao Jornal Económico, que “estávamos à espera da assinatura deste protocolo para apresentar o pedido de um estudo de impacto ambiental, que precisamos por causa dos cursos de água”.

Com efeito, hoje será assinado o protocolo entre a Medway, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a IP – Infraestruturas de Portugal, “que levará à construção do maior terminal ferroviário de mercadorias da Península Ibérica, num investimento privado superior a 35 milhões de euros”, de acordo com um comunicado da autarquia de Famalicão.

O investimento será totalmente privado, a assumir pela transportadora ferroviária Medway, pertencente à multinacional de origem suíça MSC – Mediterranean Shipping Company e que ganhou o processo de privatização da extinta CP Carga.

“Este novo terminal ferroviário, que irá servir os portos de Leixões e Sines, vem dar resposta à necessidade de aumentar a capacidade de movimentação de contentores no norte do país. O terminal, com uma área de 200 mil metros quadrados, terá seis linhas de 750 metros e uma capacidade para parqueamento de 10 mil TEU [medida-padrão para contentores com 20 pés de comprimento], o que equivale a mais de 500 mil movimento por ano”, adianta o referido comunicado da Câmara de Vila Nova de Famalicão.

Mas o documento ressalva que “a construção do terminal iniciar-se-á assim que o respetivo projeto obtenha as necessárias licenças (…)”.

Mesmo assim, a autarquia prevê a conclusão desta infraestrutura para o início de 2020.

“Será equipado com as tecnologias mais modernas, ao nível dos melhores terminais do mundo. Para operacionalizar este terminal, espera-se a criação de mais de 100 postos de trabalho, diretos e indiretos”, conclui o comunicado.

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