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Novos modelos de negócio e distribuição ditam sucesso no futuro dos seguros

No Fórum Seguros em 2018, organizado esta quinta-feira pelo Jornal Económico e PwC, os líderes do Santander Totta Seguros, do grupo Fidelidade e da Allianz Portugal identificaram a distribuição como um dos principais desafios atuais do setor.
28 Junho 2018, 13h45

O Fórum Seguros 2018, promovido pelo Jornal Económico e pela consultora PwC, a decorrer no Hotel Ritz, em Lisboa, foi também palco de um debate aprofundado sobre os desafios do setor segurador em Portugal, visando aferir por onde passa, neste momento, o crescimento e a rentabilidade.

Certo de que as questões regulatórias, nomeadamente a Solvência ou a norma IFR17, estão a ser transpostas com sucesso e que o setor continuará a mostrar estar à altura das exigências da sua aplicação, Nuno Frias Costa, presidente do conselho de administração do Santander Totta Seguros aponta como principais oportunidades e riscos a ter em conta tudo aquilo que se prende com a distribuição. Em seu entender, as seguradoras têm de reinventar o seu modelo de negócio, num universo em que os intermediários vão perdendo o seu peso e relevância, fruto, sobretudo das soluções que a tecnologia vai apresentando. Contudo, neste plano das tecnologias, as Insurtech terão um papel relevante na medida em que permitem que as seguradoras respondam aos clientes com ofertas simples e acesso facilitado. “As seguradoras têm de ser agentes do mercado e não fábricas de produtos”, reforça ainda o responsável.

Recordando que a missão das seguradoras é “proteger pessoas e bens”, António de Sousa Noronha, administrador do Grupo Fidelidade, defende que o setor tem de acompanhar os desafios digitais, onde as Insurtech se encaixam, contudo, é internamente que as companhias se devem preparar. Neste caso, a companhia está a trabalhar, através de duas áreas novas que criou, no desenvolvimento de novas ideias, assumindo-se como uma incubadora de novos projetos. Partilhando da importância da distribuição, afirma ainda que aqui as Insurtech terão um papel no aconselhamento profissional, fazendo com que as seguradoras passem a sua mensagem de forma mais simples.

Simplificação é também a palavra chave para Teresa Brantuas, CEO da Allian Portugal para quem a revolução digital, em curso, vai permitir perceber que empresas estão de facto preparadas para o futuro. “As seguradoras que estarão cá em 1o anos serão as que conseguirem responder às novas exigências”, reforça. As exigências que se colocam são, em primeiro, as técnicas, as que visam ir para além da oferta e potencial o patamar da prevenção; segue-se a inevitável adaptação tecnológica, na qual se evidenciam os intermediários que, assegura a responsável, estão inteiramente envolvidos nos processos de capacitação digital. A aposta na capacitação estende-se ainda às equipas internas, dentro de uma estratégia que visa reter e gerir talentos, que em conjunto trabalharão para simplificar a relação da seguradora com os seus clientes. “É preciso fazer um esforço para sairmos da nossa caixa”, reforça a responsável, antevendo um cenário em que existirão “menos intermediários mas mais bem equipados e capacitados”, conclui

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