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Projeto “Viver Tejo”: Número de empresas aumentou 50% em 2017

Projeto dinamizado pela NERSANT procura valorizar o Tejo como fator-chave para o desenvolvimento turismo no Ribatejo. 182 empresas aderiram.
18 Janeiro 2018, 06h40

Sessenta e uma empresas aderiram em 2017 ao projeto “Viver o Tejo” da região de Santarém. Este número faz subir para 182 entidades interessadas em apostar nos recursos endógenos do Ribatejo, tendo como parceiros os municípios ribeirinhos e diversas associações. Trata-se de um movimento económico lançado pela organização empresarial e que integra operadores turísticos, de lazer, animação e desporto.

O objetivo é satisfazer um público vasto com os encantos deste território que regista na sua ementa atrativos como a praia fluvial de Aldeia do Mato no concelho de Abrantes, descidas no rio Sorraia, visita ao Convento de Cristo em Tomar, observação de aves, o castelo de Almourol ou a igreja matriz de Atalaia de Vila Nova da Barquinha, entre outros.

A ideia concretizada no terreno ao longo dos últimos cinco anos estabeleceu desde logo várias rotas com foco na natureza em que a água é protagonista de topo. São exemplo as iniciativas empresariais que vão desde a Lagoa Azul de Ferreira do Zêzere à Lezíria, à albufeira de Castelo do Bode, confluência dos rios Tejo e Zêzere em Constância e zona húmida do paul de Boquilobo, classificada pela UNESCO.

Tudo isto e muito mais rodeado de atividades que respeitam à hotelaria e restauração, monumentos e uma miríade de sítios a não perder. Aqui e ali pontificam as iniciativas desenvolvidas pelo desporto náutico, museologia e ciência.

O projeto, dinamizado pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) assenta na “valorização do Tejo como agente percursor da estratégia de desenvolvimento económico do Ribatejo, tendo como fator-chave o seu potencial turístico diferenciado e de excelência. Engloba um conjunto diversificado de atividades inovadoras, relançando o papel do rio como eixo estratégico de dinamização e elemento identitário”.

Das actuais 182 empresas que aderiram ao projeto, 61 fizeram-no no decurso de 2017 e maioritariamente, “representam as áreas da restauração e alojamento”, segundo adiantou ao Jornal Económico o presidente da Comissão Executiva da Nersant, António Campos.

O responsável refere que “essas empresas se candidataram-se ao Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego para efeitos de apoio na reestruturação dos seus espaços, sendo que os projetos individuais se encontram presentemente em fase de avaliação”.

“Acreditamos que o ano de 2018 vai ser muito importante ao nível da requalificação da nossa oferta turística” – disse ainda António Campos que defende a criação de uma tutela para o turismo do Ribatejo, a qual possa dar maior consistência às necessidades do setor. “O Ribatejo está actualmente dividido, já que a Lezíria depende do Alentejo, ao passo que o Médio Tejo está integrado na Região Centro. Estamos certos de que esta divisão tem sido prejudicial para o desenvolvimento” – acrescentou.

Inicialmente desenvolvido por um consórcio de 49 entidades públicas e privadas, a plataforma “Viver o Tejo” abrange agora cerca de duas centenas de parceiros, numa lista onde figuram municípios ribeirinhos e associações, além de empresas ligadas aos setores do turismo, restauração, alojamento, enoturismo, desporto de aventura e lazer.

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