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Número de empresas criadas subiu 11% no primeiro semestre

Os dados de junho do Barómetro mostram que o número dos encerramentos registados também subiu 12,7%, para 7.630 sociedades.
10 Julho 2018, 13h22

O número de novas empresas criadas em Portugal aumentou 11% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2017, para 24.415 sociedades, mas os encerramentos registados também subiram 12,7%, para 7.630 sociedades, segundo os dados do Barómetro da Informa D&B, divulgado esta terça-feira, dia 10 de julho.

O setor dos “Serviços” lidera a criação de empresas, com 7.943 sociedades registadas, seguindo-se o “Alojamento e Restauração”, com 2.939, e o “Retalho”, com 2.869.

Apesar da subida do número de empresas criado ser transversal à quase totalidade dos setores de atividade, o aumento da constituição de empresas ligadas a atividades relacionadas com o turismo constituiu a principal contribuição para a evolução deste indicador, em especial nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.

Estes setores são responsáveis por mais de 30% do total dos nascimentos de sociedades, representando quase dois terços do crescimento total das constituições. Em sentido contrário, o número de constituições de empresas de “Agricultura, pecuária, pesca e caça” acentuou a descida (menos 398 empresas, numa descida de 35,7%) iniciada no segundo semestre do ano passado, transversal a todas as regiões, mas com maior impacto na região do Alentejo.

No que concerne aos encerramentos, a tendência de descida registada no último ano inverte-se, aumentando o número de encerramentos nos últimos três meses do semestre. As novas insolvências (1.243) mantêm o ciclo de descida iniciado em 2013, mas de forma menos acentuada. Este aumento tem especial expressão no setor Grossista (mais 183 fechos, numa subida de 31,7%), com maior ênfase nos mercados da “Alimentação, bebidas e tabaco” e de “Metalomecânica” e equipamentos.

Estas tendências nos setores de atividade refletem-se também na dinâmica distrital, com a subida deste indicador nos principais distritos, com Lisboa e Porto a representam quase dois terços do total da subida dos encerramentos. Encerram mais 329 empresas e outras organizações no Porto (num aumento de 31,2%) e em Lisboa encerraram mais 210 (9,7%) nos primeiros seis meses de 2018.

Pagamentos em atraso

Os dados de junho deste Barómetro mostram que o cumprimento dos prazos de pagamento das empresas mantém-se muito baixo e de forma transversal aos setores e regiões, com apenas 15,2% das empresas a pagarem dentro dos prazos acordados.

Esta situação tem vindo a agravar-se desde setembro de 2017, sendo um dos piores registos verificado desde 2007. No entanto, o atraso médio de pagamento mantém-se nos 26 dias, com mais de dois terços das empresas a pagarem no máximo 30 dias depois do prazo acordado com os fornecedores.

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