O Banco de Portugal publicou uma nota onde dá conta que o número de insolvências e de reestruturações não aumentou durante a pandemia.
“Nas semanas de 2020 afetadas pela pandemia, o número de pedidos de insolvência e de reestruturação manteve-se alinhado com a média histórica. No primeiro semestre de 2021, o número de pedidos situou-se 27% abaixo da média histórica”, diz o BdP.
O banco central explica que “houve vários fatores com impactos de sinal oposto no número de pedidos de insolvência e de reestruturação”.
No primeiro estado de emergência, período de fortes restrições à circulação e ao funcionamento dos tribunais, o número de pedidos de insolvências e reestruturações de empresas diminuiu 10%.
O segundo estado de emergência e a suspensão da obrigação de apresentação à insolvência tiveram um impacto reduzido no número de novos pedidos, constata o banco central.
Houve um aumento do número de pedidos nos setores mais expostos à pandemia nas semanas de 2020 afetadas pela pandemia, em comparação com a média histórica pré-pandemia.
Em sentido oposto, a moratória de crédito reduziu a probabilidade de insolvência das empresas. Através de uma experiência natural, conclui-se que a moratória reduziu a probabilidade de insolvência nas empresas abrangidas pela experiência de 6,4% para 3,9%.