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Número de mortes causadas pelo terrorismo diminuiu pelo segundo ano consecutivo

As maiores quedas registaram-se na Nigéria, onde o número de mortes devido ao terrorismo caiu 80%, enquanto no Ocidente o número voltou a aumentar.
15 Novembro 2017, 10h15

O número de vítimas mortais relacionadas com eventuais ataques terroristas voltou a cair pelo segundo ano consecutivo em 2016, apesar de o número de atentados perpetrados pelos chamados ‘lobos solitários’ ter aumentado. As maiores quedas registaram-se na Nigéria, onde o número de mortes devido ao terrorismo caiu 80%, enquanto no Ocidente o número voltou a aumentar.

Um relatório revelado pelo Instituto de Economia e Paz mostra que o número de vítimas mortais causadas pelo terrorismo caiu 13% para os 25.673 no ano passado. Em comparação com 2014, foram menos 22%. O país onde essa queda foi maior foi a Nigéria, depois de se ter verificado um recuo territorial do grupo terrorista Boko Haram, que como objetivo acabar com a democracia na Nigéria e promover a educação exclusivamente em escolas islâmicas.

O Afeganistão, Paquistão e Iraque foram outros dos países onde se verificou uma diminuição significativa no número de mortos, apesar de serem ainda países fortemente abalados por atentados terroristas.

Já nos 35 países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), composta sobretudo por países do Ocidente, 27 foram afetados por ataques terroristas no ano passado e o número de mortes aumentou dos 240 registados em 2015 para os 265. De fora do estudo ficaram Israel e a Turquia, onde os autores do relatório notam que “a natureza da ameaça terrorista nesses países tem origens e intensidades históricas específicas”.

“Em termos gerais, o número total de mortes é menor”, afirmou Daniel Hyslop, diretor do estudo do Instituto de Economia e Paz. “No entanto, o número de mortes nos países da OCDE está a subir e a espalhar-se”.

Três quartos das mortes nos países da OCDE foram causadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, o grupo terrorista ao qual se juntaram entre 3.900 e 4.300 cidadãos europeus.

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