A empresa Twitter só conta com 1.300 funcionários, dos 7.500 que tinha quando Elon Musk se converteu no seu único acionista, segundo a estação televisiva “CNBC”, citando documentos internos que consultou.
Os engenheiros ascendem a 550, ao passo que o pessoal de confiança e segurança (trust and safety) apenas conta com 20 pessoas, apesar de lhe competir a garantia da segurança dos utilizadores e das suas contas.
Quando Musk confirmou definitivamente a sua compra da rede social, por 44 mil milhões de dólares, e entrou na sede da empresa em San Francisco, fê-lo no meio de rumores de que pensava fazer despedimentos, que vieram a confirmar-se de imediato, que agora atingem quase 80% do pessoal de então, segundo a mesma fonte.
O corte de efetivos tem a ver com as constantes declarações de Musk de querer reduzir os custos, mais a mais depois de as receitas da Twitter terem caído na vertical depois da sua chegada aos destinos da empresa, principalmente pela fuga massiva de anunciantes, espantados com as constantes mudanças de rumo do novo proprietário e a nova e incerta política de conteúdos.
Musk chegou a dizer no inicio de novembro que a Twitter perdia quatro milhões de dólares por dia, como justificação para os despedimentos, e na quarta-feira colocou à venda grande parte do imobiliário com os escritórios em San Francisco, com o objetivo declarado de reduzir aquelas perdas.
O Twitter perdeu 40% das suas fontes de publicidade no final do ano passado, segundo o “The Information”, site especializado em tecnologia, e uma fonte da empresa. Dos cerca de 30 anunciantes, 14 saíram da rede e quatro reduziram os seus custos entre 92% e 98% desde a semana anterior à aquisição da empresa por Musk, segundo dados da Pathmatics, citados pela “Reuters”.