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Número dois do Reino Unido demite-se após escândalo com pornografia

Uma investigação interna deu como comprovado que Damian Green terá prestado declarações “imprecisas e enganosas” sobre a presença de conteúdos pornográficos no seu computador.
  • Stefan Wermuth / Reuters
21 Dezembro 2017, 11h25

O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Damian Green, foi esta quarta-feira forçado a resignar ao cargo, depois de se ter dado como comprovado que o governante tinha mentido em relação à presença de conteúdos pornográficos no seu computador.

O caso remonta a 2008, altura em que Damian Green era deputado no Parlamento britânico. A justiça britânica terá começado a investigá-lo após várias denúncias de assédio sexual feita pela jornalista e escritora Kate Maltby e por uma antiga militante do partido. A equipa de investigadores terá então encontrado no computador pessoal de Damian Green uma série de conteúdos pornográficos.

Em maio deste ano, o jornal britânico “Sunday Times” noticiou a história, que até então permanecia ao abrigo do dever de confidencialidade dos inspetores. Em resposta à polémica que imediatamente se gerou, Damian Green garantiu que a história era falsa e que não tinha qualquer conhecimento de ter sido investigado por ter material pornográfico no seu computador.

Uma investigação interna descobriu, no entanto, que Damian Green terá prestado declarações “imprecisas e enganosas” sobre o caso, o que constitui uma violação do código de conduta do governo britânico. A primeira-ministra britânica, Theresa May, terá sugerido então o seu afastamento.

“Admito que devia ter sido claro nos meus comunicados de imprensa e dizer que a representantes da polícia falaram com os meus advogados em 2008 sobre pornografia nos computadores e que a polícia voltou a levantar o assunto comigo numa chamada telefónica em 2013”, afirmou Damian Green.

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