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“Nunca houve um problema de sustentabilidade na Segurança Social e o Governo sabe disso”, critica Paulo Pedroso

“As pensões, sendo públicas, têm uma autonomia, um orçamento e um raciocínio de solidez próprios e este Governo estilhaçou esse capital de confiança na Segurança Social e voltou a fazê-lo mesmo quando tem uma medida positiva”, criticou o antigo ministro do Trabalho e Solidariedade.
18 Abril 2023, 08h02

Paulo Pedroso, ministro do Trabalho e da Solidariedade entre 2001 e 2002, criticou esta segunda-feira o Governo por “estilhaçar” o capital de confiança na Segurança Social e de ter feito mudanças recentes não a pensar nas pensões mas sim da gestão do défice. O antigo ministro criticou ainda o Governo, no espaço de comentário que tem no programa da RTP3, “O Outro Lado”, por ter criado a ideia de que existe um problema de sustentabilidade na Segurança Social.

As pensões vão voltar a subir este ano. O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que o Conselho de Ministros deu “luz verde” a um aumento intercalar de 3,57% das pensões, que será pago a partir de julho. “O Conselho de Ministros extraordinário aprovou um aumento intercalar das pensões a partir do mês de julho”, sinalizou António Costa, em declarações aos jornalistas.

“As pensões, sendo públicas, têm uma autonomia, um orçamento e um raciocínio de solidez próprios e este Governo estilhaçou esse capital de confiança na Segurança Social e voltou a fazê-lo mesmo quando tem uma medida positiva”, começou por referir o antigo governante.

Paulo Pedroso destacou que “objetivamente, nunca houve um problema de sustentabilidade na Segurança Social e o Governo sabe disso. A antecipação em outubro e a descida para os aumentos deste ano até agora tinham a ver com a gestão do défice e não das pensões”.

“A prova disso”, prosseguiu o antigo militante socialista, “é que a partir de julho, as pensões não só sobem aquilo que estava previsto na lei como até sobem mais. Os pensionistas deviam ter uma enorme estabilidade, deviam ter uma ideia muito clara de que as suas pensões não estão em risco”, concluiu.

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