[weglot_switcher]

Nuno Amado: “Estamos confiantes que a emissão de dívida correu bem”

Sobre o boicote de seis das maiores sociedades à operação, o CEO do BCP afirmou que a banca nacional está a “pagar” pela resolução do Banco Espírito Santo.
29 Novembro 2017, 14h10

A emissão de 300 milhões de euros em dívida do BCP “correu bem” e foi um reflexo da “confiança internacional” no banco, segundo o CEO, Nuno Amado. À margem do Fórum Banca 2017, organizado esta quarta-feira pelo Jornal Económico e pela PwC, o banqueiro desvalorizou o boicote pelas grandes gestoras à operação.

“Estamos plenamente confiantes que correu bem”, afirmou, especificando que ainda não tinha dados concretos da emissão que terminou esta manhã.

Segundo dados confirmados ao Jornal Económico, o banco conseguiu uma taxa de colocação de 4,5%, abaixo do intervalo estimado pela agência Bloomberg (entre 4,75% e 5%), sendo que a procura pelos títulos que vencem a 7 de dezembro de 2017 (com opção de reembolso a 7 de dezembro de 2022) superou em três vezes a oferta.

“Tivemos muitos investidores, nacionais e internacionais. Uma parte importante da operação teve o seu epílogo no estrangeiro”, explicou Nuno Amado.

No entanto, o BCP enfrentou dificuldades depois de seis das maiores sociedades internacionais gestoras de fundos de investimento terem anunciado que não participavam na operação. Um porta voz da Attestor Capital, BlackRock, CQS, PIMCO, River Birch Capital e York Capital justificou que as sociedades não vão participar na emissão porque os riscos associados ao investimento ativo na dívida pública ou privada portuguesa são proibitivos.

Sobre o assunto, o CEO do BCP afirmou que “houve um conjunto de dificuldades que o ex-Banco Espírito Santo nos colocou. Esta foi mais uma, que foi bem ultrapassada”, acrescentando que a banca nacional está “a pagar o incumpridor”.

A emissão aconteceu no mesmo dia em que o JP Morgan reviu em alta a recomendação e o preço-alvo das ações do BCP. Numa nota de research, os analistas do banco de investimento norte-americano elevou o preço-alvo para 0,30 euros, dos anteriores 0,26 euros, e passou a recomendação para overweight de neutral. Os títulos do BCP seguem a valorizar 2,21% para 0,254 euros.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.