Começando pelo mais importante: a atividade de investimento exige conhecimento e experiência. Deve sempre recorrer-se à ajuda de profissionais qualificados e certificados, de preferência independentes. Em investimento, o “bricolage” costuma sair caro.

Os índices generalistas podem ser uma forma eficiente e prática de investir em ações. É verdade que nem todos os índices são iguais ou seguem as mesmas regras, mas tomemos o exemplo do índice S&P 500. Este índice é composto por 500 das maiores empresas dos EUA, com o peso de cada uma a ser determinado pela capitalização bolsista.

Assim, as empresas mais valiosas pesam mais no índice, o que faz com que haja uma exposição maior do investidor aos “vencedores” de cada ciclo económico. Para além de as 500 empresas representarem cerca de 80% de toda a capitalização bolsista dos EUA, trata-se de um conjunto muito diversificado setorialmente.

Talvez a caraterística mais interessante de índices deste tipo seja a sua evolução ao longo do tempo. Os critérios de entrada e saída das ações do índice fazem com que a constituição do S&P 500 vá mudando, resultando numa “seleção natural”. As empresas que vão crescendo e tendo mais sucesso entram e ganham peso no índice, que vai largando os derrotados.

Deste modo, o investidor acaba por conseguir uma boa diversificação e uma exposição que se adapta ao ciclo empresarial, não ficando “agarrado” a ações ou a setores que em determinado momento deixaram de ser atrativos.

Vale ainda a pena referir que a implementação destas estratégias implica cuidados, nomeadamente a decisão de escolha dos índices e das geografias, e deve ter em conta o efeito cambial inerente.