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O futuro continua a passar pelo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é uma luta de todos. Pela igualdade salarial, respeito, reconhecimento e, mais importante ainda, por todas as mulheres no mundo que não têm acesso à educação, não têm direitos nem liberdade de expressão. São vários os eventos que põem este Dia no mapa.
7 Março 2022, 17h45

Se em 2022 o Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março, tem como mote a “Igualdade de género hoje para um amanhã sustentável”, é porque mais um passo foi dado no reconhecimento do contributo das mulheres e raparigas em todo o planeta na adaptação às alterações climáticas, e na sua mitigação, para construir um futuro mais sustentável para todos.

No ano em que a Humanidade procura superar uma pandemia, recuperar sociedades, social e economicamente falando, e em que uma guerra em território ucraniano pode ter consequências imprevisíveis para o continente europeu e para o mundo em geral, o avanço da igualdade de género no contexto da crise climática constitui também um dos maiores desafios globais do século XXI.

A ONU continua a alertar para o imenso trabalho que ainda é necessário fazer, apesar de sublinhar que as mulheres, reconhecidas como mais vulneráveis aos impactos das alterações climáticas do que os homens, pois constituem a maioria dos pobres do mundo, são, ao mesmo tempo, cada vez mais reconhecidas como líderes e agentes de mudança eficazes neste mesmo âmbito. Daí a importância de continuar a capacitar mulheres e raparigas na tomada de decisões ligadas às alterações climáticas. Neste xadrez, um futuro sustentável passa forçosamente pela igualdade de género e de oportunidades.

Algumas iniciativas para assinalar esta data em Portugal

É assim que todas as iniciativas para assinalar o Dia Internacional da Mulher vão para além do simbólico. Sendo uma luta de todos, há movimentos que nascem fora e chegam a Portugal, inspirando pessoas que partilham valores a juntar-se e a batalhar por eles.

É o caso do núcleo de Lisboa da HeForShe, um movimento global solidário pela igualdade de género, que promove as suas ações em torno de seis “motivações”: igualdade, união, diversidade, tolerância, inclusão e solidariedade. E das várias iniciativas que leva a cabo, a “Arts Week” é um festival em que a arte é colocada ao serviço de causas como a igualdade de género e os direitos das mulheres. A edição deste ano arranca dia 8 e decorre até dia 13 de março, e traz artistas das mais diversas áreas artísticas, da música à dança, passando pelo cinema, teatro, comédia e artes plásticas.

A quarta edição da Marcha do Dia Internacional da Mulher também está de volta, sob o lema “Por Mim, Por Ti, Por Todas”. Organizada pela Rede 8 de Março, uma plataforma nacional que conta com o apoio de organizações feministas, mas também de outras causas que abrangem os Direitos Humanos em todo o país – desde associações e organizações políticas a sindicatos e pessoas a nível individual –, o objetivo é mobilizar para protestar contra as desigualdades, a discriminação e a violência.

A Marcha do Dia Internacional da Mulher vai decorrer amanhã, dia 8 de março, nos seguintes locais: Barcelos: Porta Nova/18h30; Braga: Avenida Central/18h; Coimbra: Praça 8 de Maio/17h30; Faro: Jardim Manuel Bivar/17h30; Guimarães: Praça do Toural/18h30; Lisboa: Praça Luís de Camões/18h e Porto: Praça dos Poveiros/18h30.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género assinala a data com uma sessão intitulada “Women Create Value”, pela mão da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro. O encontro pretende dar conhecer o trabalho de vanguarda de mulheres cientistas e investigadoras, assim como debater a forma como as entidades empregadoras estimulam a participação das mulheres no sector tecnológico e a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar. A sessão decorre no Auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações, entre as 9h00 e as 12h30 de dia 8 de março, sendo também transmitida através da página de Facebook da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. O formulário de inscrição está acessível aqui.

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) também assinala o Dia Internacional da Mulher concedendo entrada gratuita nos 25 Museus, Monumentos e Palácios sob sua tutela a todas as visitantes do género feminino, nacionais ou estrangeiras. Mas não só. Alguns destes equipamentos prepararam uma programação específica para dar maior visibilidade a esta data, que pode ser consultada aqui. Dois destaques dentre a oferta proposta: um concerto de música sacra em torno do universo feminino, no qual participam mulheres, cantoras e organistas no Palácio Nacional de Mafra; e uma visita especial animada, sob a temática “O Convento de Cristo no Feminino”, no Convento de Cristo, em Tomar.

Como e quando surgiu o Dia Internacional da Mulher

Em 1975, a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, mas este dia nasceu, na verdade, no virar do século XIX, e começou por estar interligado com os movimentos trabalhistas da Europa e da América do Norte.

O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos, a 28 de fevereiro de 1909, em honra da greve dos trabalhadores têxteis nova-iorquinos, em 1908. A Suíça, a Áustria, a Dinamarca e a Alemanha celebraram-no pela primeira vez em 1911. Posteriormente, o movimento das mulheres assumiu um caráter global, sendo atualmente assinalado em quase todo o mundo.

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