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O mistério do material militar desaparecido em Tancos continua

António Mota, tenente-coronel, presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas portuguesas, considera que existem duas outras teses para explicar o material militar desaparecido em Tancos, para além da versão do furto.
10 Setembro 2017, 19h45

Após as declarações de Azeredo Lopes, ministro da Defesa Nacional, em entrevista à TSF, ter admitido que pode não ter havido furto de material militar nos paióis de Tancos, há cerca de dois meses e meio, o mistério adensa-se.

Em entrevista telefónica concedida há minutos à RTP, António Mota, tenente-coronel e presidente da AOFA – Associação dos Oficiais das Forças Armadas, sublinhou que “na prática, o que nós avançámos, na altura, em termos de tese, é que haveria outras justificações para o material desaparecido”.

“Pode ter sido uma de duas situações, para além do furto, que foi tido como certo”, defende o tenente-coronel António Mota.

Não comentando de forma direta as declarações de Azeredo Lopes, o tenente-coronel António Mota relembrou que “nestes dois meses, o senhor ministro [da Defesa Nacional] apostou na hipótese do furto, com todos os efeitos nefastos para a organização, para o nosso Exército, e para alguns camaradas”.

No entender do presidente da AOFA, há duas outras “presumíveis teses”, já avançadas pela Associação dos Oficiais das Forças Armadas portuguesas sobre o incidente ocorrido em Tancos: “há a possibilidade de o material nunca sequer ter entrado nos paióis, ou de ter sido utilizado, em acções de formação, de instrução, e de não ter sido descarregado [nos inventários do Exército]”.

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