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“O nosso principal produto estava ameaçado. O que fizemos? Decidimos explorar todo o potencial da rolha de cortiça”

António Amorim, presidente da Corticeira Amorim, explicou como a empresa tem superado os desafios, na conferência “O Triunfo dos Otimistas”, promovida pela Casa de Investimentos e pelo Jornal Económico, em Braga.
16 Novembro 2017, 13h09

O presidente da Corticeira Amorim, António Amorim, defendeu hoje que a aposta da empresa na inovação e desenvolvimento ao longo das últimas duas décadas permitiu enfrentar com sucesso ameaças como as rolhas sintéticas e outras mudanças que tiveram lugar no mercado da cortiça.

Na sua intervenção na conferência  “O Triunfo  dos Otimistas”, promovida pela Casa de Investimentos e pelo Jornal Económico, em Braga, o presidente  do  conselho  de administração  da  Corticeira  Amorim afirmou que a empresa espera atingir em breve um volume de negócios anual de 700 milhões de euros.

E defendeu que a  aposta que a Corticeira tem feito desde o final  dos  anos  90,  na  investigação  e  desenvolvimento,  para  além  da inovação,  com  o  lançamento  de  novos  produtos  e  verticalização,  permitiu  ultrapassar  a  crise  que  se  vivia  e  que  estava  a  levar  a  uma diminuição  do  volume  de  negócios  da  empresa.

“Decidimos  manter  a  aposta  na  cortiça,  avançando  para  a  investigação, desenvolvimento  e  inovação,  com  o  lançamento  de  novos  produtos  e  uma  maior verticalização.  Acreditámos  que  o  potencial  de  melhoria  que  o  produto  tinha  para progredir  era  muito  grande  e  foi  essa  a  clara  convicção  que  tivemos  de  nos mantermos  na  cortiça.  Teve  resultados  porque  aumentámos  as  vendas  de  forma substancial  e  vamos,  em  2017,  atingir  os  700  milhões  de  volume  de  negócios”, afirmou  o  presidente  do  Conselho  de  administração  da  Corticeira  Amorim. 

Em  jeito  de  conselho  a  empresas  e  investidores,  António  Amorim  defendeu que as empresas têm  de se focar na melhoria da competitividade  para fazer face aos choques nos seus mercados.

“O nosso  principal  produto  foi ameaçado  e  por  isso  decidimos  que  devíamos  potenciar todas  as  aplicações  fora  da rolha.  Apostámos  em  parcerias  para  a  avançar  com  a  inovação  e  diversificámos  a nossa  área  de  acção.  Estávamos  a  perder  (de  2000  a  2009)  mercado  nas exportações  todos  os  anos,  mudámos  e  daí  para  a  frente  foi  sempre  a  crescer”, disse. 

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