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“Novo normal” das clouds permite mais escalabilidade e flexibilidade, mas custos e riscos têm de ser avaliados

Num mundo cada vez mais digital e com uma transição crescentemente rápida, as clouds tornaram-se uma ferramenta quase essencial pela flexibilidade e agilidade que permite, bem como pela redução de custos e gestão do risco.
26 Novembro 2020, 17h25

As soluções de negócios assentes em cloud vieram mesmo para ficar e tal é explicado sobretudo pela flexibilidade que estas imprimem às empresas, à capacidade de escalar e à gestão de risco que permitem. Estes foram os principais motivos avançados na Executive Round Table desta quinta-feira realizada numa parceria entre o Jornal Económico, a EVONIC e a VMware sobre clouds híbridas e o seu impacto nas organizações.

Com aproximadamente 45% a 46% das organizações europeias a ter já soluções assentes em cloud, segundo Carlos Moura, CIO do Banco de Portugal, é importante perceber quais são as forças motivadoras desta adoção.

No regulador financeiro português, o processo envolve sempre a avaliação de quatro princípios bem definidos, como explicou o diretor de TI da entidade: gestão de risco, custo, agilidade operacional e associação à inovação.

“Estes são os quatro vetores que têm vindo a ser colocados como um pontapé de saída neste pensamento de como é que vamos adotar a cloud”, afirmou Carlos Moura, que destaca, ainda assim, a necessidade de um “equilíbrio de forças entre o nosso data center, a cloud privada e a cloud pública”.

Para Nuno Silva, CEO da EVONIC, os principais motores para a adoção desta tecnologia prendem-se sobretudo com um desejo de agilidade, a criação de novas organizações ou no desenvolvimento de esforços de internacionalização.

Já Rui Rodrigues, Global Information Systems Director da farmacêutica BIAL, partilhou a sua experiência mais “radical”. “Neste momento, quase não temos data center interno, apenas pequenos data centres nas várias filiais na sede”, revela.

A lógica por detrás da decisão prendeu-se com “razões de segurança, de escalabilidade e flexibilidade”, como explicou, e a escolha recaiu sobre a Altice, com uma solução híbrida que permitiu “uma primeira experiência muito interessante”.

“O novo normal é procurar formas de preservar o negócio do dia-a-dia com todos os benefícios que a cloud permite”, resume Alexandre Bento, Iberia Commercial Sales Manager da VMware.

Como aconteceu com muitos processos digitais e tecnológicos, a pandemia veio acelerar a necessidade por este tipo de soluções. No caso das empresas em que a cloud era já uma ferramenta usada há algum tempo, a passagem para o teletrabalho, por exemplo, foi claramente mais fácil.

“Quando tivemos, em março, de pôr em teletrabalho uma quantidade significativa de colaboradores, não só e Portugal, mas Espanha, Brasil, EUA, tivemos de fazer duas coisas: reforçar significativamente as nossas VPNs e a sua capacidade de acesso de uma forma rápida, que até já era algo que vinha de trás, e o tema das ferramentas colaborativas, muito associada ao processo de transição digital, em que tínhamos muita gente já formada”, explicou Ferrari Careto, Digital Officer da EDP.

Igual experiência passou o SL Benfica, como explicou Paulo Martins, diretor de IT do clube. “Já tínhamos bastantes ferramentas para a parte de mobilidade, por isso fazer a transferência para o teletrabalho foi relativamente simples”, afirmou, destacando as plataformas de mail e o VPN já utilizados, bem como o antecipar de projetos de segurança já delineados previamente.

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