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Ramos Horta: “O prémio Nobel é uma espécie de lotaria. Não sai a todos”

José Ramos Horta, Bernard Kouchner, Rajendra K. Pachauri e Jody William foram os Nobel da Paz presentes no debate de hoje das Conferências do Estoril.
29 Maio 2017, 18h43

O auditório principal do Centro de Congressos do Estoril estava cheio para assistir ao debate “O Poder dos Prémios Nobel”, no âmbito do programa das Conferências do Estoril 2017. A atualidade, os desafios do futuro e como quatro representantes dos prémios Nobel da Paz podem promover uma mudança na humanidade foram os principais temas discutidos. Este painel foi moderado por Lawrence Gonzie, antigo primeiro-ministro de Malta.

José Ramos Horta, Nobel da Paz em 1996, antigo presidente de Timor-Leste, explica que a sua função é “contribuir para enraizar a cultura da paz para o mundo”. Ramos Horta adianta ainda que é dever de um laureado enfatizar a prevenção de conflitos e trabalhar numa grande equipa. Sobre a importância do cargo refere: “O prémio Nobel é uma espécie de lotaria. Não sai a todos”.

Já Bernard Kouchner, fundador dos Médecins sans Frontières, Nobel da Paz em 1999, sublinhou o tema dos refugiados. “É deplorável nas praias do Mediterrâneo, onde os nossos filhos fazem castelos de areia, há pessoas que morrem todos os dias”.

Rajendra K. Pachauri, fundador e mentor chefe do Protect our Planet Movement e Nobel em 2007, diz que “a ciência quer um roteiro para a paz”. Rajendra acrescenta ainda que a população precisa “de mudar o estilo de vida”, dando como exemplo a negligência em torno dos Oceanos, que tem efeito sobre o planeta.
Para Jody Williams, presidente da Nobel Women’s Initiative, e laureada em 1997, “todos os seres humanos têm responsabilidade para promover um bem comum e em prole de pessoas que não conhecem, incluindo o Trump, que eu não gosto.”

“Cabe à juventude assumir a liderança”, apela Rajendra K. Pachauri. “O sonho da paz é sagrado”, conclui Ramos Horta.

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