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O que se segue, José: regresso a Madrid, Itália ou um novo desafio?

Com a saída do Manchester United, as portas dos grandes clubes europeus voltam a abrir-se para o treinador português. Real Madrid e Inter de Milão perfilam-se como fortes possibilidades, mas uma mudança para Munique não está fora de hipótese.
  • José Mourinho – Chelsea FC e Real Madrid
20 Dezembro 2018, 09h10

É a pergunta que se coloca 24 horas depois do seu despedimento. Qual será o próximo clube de José Mourinho? Mal o anúncio da sua saída do Manchester United foi oficializado começaram a surgir os primeiros nomes, com o Real Madrid no topo.

O treinador português orientou os ‘merengues’ entre 2010 e 2013 tendo ganho um campeonato, uma taça do rei e uma supertaça, numa era em que o Barcelona de Guardiola dominava o futebol espanhol e europeu.

Voltar a um clube onde já foi feliz e que luta por títulos parece algo com que o técnico se tem dado bem. Na sua segunda passagem pelo Chelsea entre 2013 e 2015 (curiosamente após ter saído de Madrid) e apesar de ter sido despedido venceu um campeonato e uma taça da liga.

Em Madrid já se fala de um ‘Mourinhismo’, com a imprensa desportiva a dar como um dado quase adquirido o regresso do ‘Special One’ ao Santiago Bernabéu. O presidente Florentino Pérez vê no português a escolha certa para ter ‘pulso firme’ no balneário ‘blanco’ e devolver a equipa aos títulos nacionais. De resto foi ao serviço do Real que José Mourinho venceu a La Liga em 2011/2012 com um total de 100 pontos.

No balneário ‘merengue’ até já existe quem abra as portas ao português. Marcelo, lateral esquerdo brasileiro referiu que José Mourinho “é um grande treinador e que está sem clube…”. Por outro lado, este é um balneário com muitos egos para gerir e essa foi uma tarefa com a qual o técnico não soube lidar da melhor forma no Manchester United, como ficou provado nos desentendimentos que teve com o médio francês Paul Pogba.

Tornare a Itália

Outra das hipóteses em cima da mesa para o português é um regresso ao calcio, concretamente ao Inter de Milão, emblema que orientou entre 2008 e 2010, no qual conquistou dois campeonatos, uma taça de Itália, uma supertaça e o mais importante dos troféus europeus, a Liga dos Campeões.

Em 2016 o grupo chinês da Suning Holding, comprou 68,55% do clube italiano por 270 milhões de euros, com os restantes 31,45% a pertencerem ao empresário indonésio, Erick Thohir. Um dos homens próximos da direção presidida por Steven Zhang, é o argentino Javier Zanetti, antigo jogador do clube e que fez parte da equipa que conquistou o título europeu sob as ordens de Mourinho e que poderia intermediar, bem como um catalisador positivo para um regresso do técnico a Milão.

De resto e apesar de já não estar ligado ao clube, o antigo presidente do Inter, Massimo Moratti, durante a sua liderança em diversas ocasiões manifestou vontade em trazer de volta José Mourinho.

Por outro lado, e apesar de todo o investimento que vem sido feito nas últimas temporadas os nerazzurri têm andado longe do scudetto. Esta época mesmo ocupando atualmente o terceiro lugar do campeonato, o Inter está já a 14 pontos da líder Juventus.

A nível europeu depois de não ter sido capaz de segurar o apuramento na Liga dos Campeões na última jornada, frente ao PSV Eindhoven, o Inter vai agora jogar na Liga Europa frente ao Rapid Viena. E é toda esta má prestação desportiva, aliada ao domínio da Juventus, que poderá eventualmente afastar José Mourinho de um regresso a Itália.

Um novo desafio chamado Bayern Munique?

A liga alemã é a par do campeonato francês aquela que José Mourinho ainda não experimentou. O Bayern Munique depois de dominar nos últimos anos, está atualmente no terceiro posto a seis pontos o Borussia Dortmund.

Orientado por Niko Kovak, as exibições não têm sido brilhantes e o técnico tem sido salvo pelos resultados. alguns deles à tangente. O próprio Kovak já veio manifestar-se solidário com o despedimento de Mourinho, mas a imprensa alemã, já especula que o lugar do treinador croata poderá estar em risco.

Por agora José Mourinho quer levar uma “vida normal”. Pelo menos é essa a sua vontade expressa num comunicado emitido esta quarta-feira. “Foi um orgulho imenso trazer o emblema do Manchester United ao peito desde o primeiro momento e sinto que os adeptos do clube sabem disso. Tal como aconteceu nos anteriores clubes, trabalhei com gente maravilhosa e, claro está, a amizade de algumas delas ficará para sempre. Espero que os meios de comunicação respeitem esta minha posição e me deixem levar uma vida normal até decidir voltar ao futebol”, referiu. Fica a pergunta: até quando quererá José Mourinho levar uma vida normal?

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