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Obras de recuperação do 20 de fevereiro já custaram 700 milhões de euros

O secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas diz que a intenção do executivo da Madeira é que as obras de recuperação estejam finalizadas ainda este ano.
21 Fevereiro 2018, 12h17

O Governo Regional da Madeira já aplicou 700 milhões de euros na recuperação da Região Autónoma depois do temporal de 20 de fevereiro de 2010. O anúncio foi feito durante a apresentação da segunda parte do estudo de avaliação do risco de aluviões feito pelo Instituto Superior Técnico, a Universidade da Madeira e o Laboratório Regional de Engenharia Civil.

A expetativa do executivo madeirense é que as obras de recuperação relativas ao 20 de fevereiro estejam terminadas ainda este ano, disse o secretário dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves, durante a apresentação deste estudo sobre aluviões.

O estudo realizado pelo Instituto Superior Técnico, a Universidade da Madeira e o Laboratório Regional de Engenharia Civil destacou a necessidade de implementação de “um sistema de previsão e aviso de aluviões”.

“Numa primeira fase procuramos conhecer o fenómeno com muita profundidade, no sentido de executar rapidamente as obras mais prementes, e nesta segunda fase procuramos que as medidas preventivas sejam mais eficazes, nomeadamente em termos do alerta e aviso”, explicou Amílcar Gonçalves.

O governante realçou, por outro lado, que os 700 milhões de euros investidos em obras de recuperação da ilha e de regularização de diversas ribeiras são oriundos da Lei de Meios (mecanismo financeiro criado pelo Governo da República) e da União Europeia, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

António Betâmio de Almeida, um dos especialistas responsáveis pela elaboração do Estudo de Avaliação do Risco da Aluviões, destacou que uma das medidas mais importantes se prende com a implementação de um sistema de previsão e aviso de aluviões.

“No esquema que a equipa propõe ao Governo Regional há um indicador de limiar crítico de precipitação que pode induzir a deslizamentos e à formação de aluviões”, disse.

Betâmio de Almeida deixou um conjunto de recomendações relacionadas com autoproteção, que resultam de um estudo de perceção social feito pela Universidade da Madeira, no sentido de melhorar a proteção dos habitantes em zonas de risco.

“Agora, cabe às instituições da região autónoma levarem a cabo e continuarem este processo, porque é um processo que não pode ter fim, deve estar sempre em melhoria e sempre a ser desenvolvido”, reforçou.

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