As obras em curso visam a reabilitação do corredor fluvial e a restauração dos processos naturais, com vista à redução do risco de aluvião.
As obras incluem 12 linhas de açudes, distribuídas por quatro conjuntos em cada uma das três ribeiras que atravessam a cidade do Funchal que nascem nas zonas altas da capital madeirense e desaguam no mar, atravessando a cidade do Funchal.
“Os açudes têm estado à altura do que se espera desta infraestrutura em termos de retenção do material sólido dos escoamentos fluviais”, disse o governante madeirense que recorda o facto de que desde o grande temporal de 20 de fevereiro de 2010, não foi registado mais nenhum evento hidro-meteorológico extremo.
“Os açudes – muralhas de betão com ‘dentes’ – têm por função a retenção do material sólido e lenhoso das enxurradas, deixando passar pelos interstícios desses ‘dentes’ apenas o material mais fino”, refere uma nota governamental.
Basicamente estamos a falar da proteção a montante, da cidade do Funchal de eventuais consequências mais extremas causadas por aluviões.
Recorda-se que a 20 de fevereiro de 2010, a Madeira foi atingida por uma aluvião que provocou 43 de mortos, seis desaparecidos e estragos calculados em 1.080 milhões de euros.
Desta catástrofe surgiu a Lei de Meios, ainda durante a vigência do governo de José Sócrates, que garantiu à Madeira condições financeiras para o lançamento de várias obras de recuperação dos estragos causados pelo aluvião e a construção nas ribeiras que atravessam a cidade deste sistema de proteção da cidade.