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OCDE: recuperação de Portugal “vai continuar”

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que a recuperação económica em Portugal está enraizada e “vai continuar”. Mais políticas orçamentais expansionistas devem ser evitadas, tendo em conta a dívida pública elevada.
28 Novembro 2017, 10h35

O crescimento económico deverá atingir 2,3% em 2018 e 2019, depois de uma expansão de 2,6% este ano, segundo as previsões económicas divulgada hoje.

A recuperação será sustentada, refere a OCDE, tanto pela procura interna como pelas exportações. ” O crescimento do consumo permanecerá sólido em resposta a novas descidas da taxa de desemprego e um crescimento salarial mais forte”, explica a organização, no Economic Outlook publicado esta terça-feira.

O investimento privado irá subir e prevê-se também uma melhoria do investimento público em 2018. O aumento das exportações dar-se-á em simultâneo com uma subida das importações, pelo que a balança externa permanecerá “relativamente inalterada”.

Em termos de contas públicas, a organização calcula que a política orçamental será “ligeiramente expansionista” em 2017 e 2018 e deixa um aviso: “Qualquer expansão orçamental adicional deve ser evitada dada a necessidade de reduzir a dívida pública”.

A OCDE entende, contudo, que “há margem” para tornar a política orçamental “mais favorável ao crescimento”, ajustando a composição da despesa e dos impostos. Por isso, sugere reformas que aumentem a produtividade, para dar mais força à recuperação.

O relatório sublinha que o setor privado em Portugal, especialmente as empresas, permanece “fortemente endividado”, o que “aumenta a vulnerabilidade do sistema bancário”, penalizado pela “fraca” rentabilidade e crédito vencido. Assim, medidas que apoiem o desenvolvimento de um mercado de malparado podem reduzir as vulnerabilidades financeiras, apoiar o crescimento de longo prazo e reforçar a estabilidade orçamental, conclui a organização.

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